Pensando seriamente em quebrar a sequência de não-acontecimentos de roteiro de novela das seis que não emplacou, falei pra uma amiga sobre o plano: me detonou. Não vejo nada demais. Não entendo porque alguns não me entendem. Adoro a minha versão mais livre das amarras do pensamento alheio. Eu quero? Eu posso? Então eu faço. Sim, eu farei porque hoje vi que eu quero - o problema é que às vezes eu discuto muito com o meu querer, aí ele precisa gritar comigo.
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Depois de ser criticada pela minha vontade, fiquei cá conversando com meus (botões) redondinhos: será que existe alguém totalmente livre de preconceitos?
Acho muito difícil. É uma coisa contra a qual luto muito quando me percebo tendo, mas, infelizmente, a gente até descobre uns novos.
O último que eu descobri foi quando me peguei comentando com uma amiga que homens que namoram mulheres muito mais gordas costumam ser uns abestados/panacas. Daí começamos a citar exemplos que, supostamente, comprovavam nossa "tese".
O elaborador de qualquer que seja a teoria sempre vai conseguir um exemplo que a corrobore, por mais absurdo que seja. Depois pensei que podíamos ter concluído isso pelo fato de termos plantada em nossas mentes, desde pequenininhos, aquela figura padrão de família, onde o homem é o mais alto e o mais forte, ou por considerarmos panaquice o fato do cara ir contra todos os parâmetros de beleza, e então já leva o carimbo na testa com um simples olhar: TUM!
Obviamente que, homem submisso (vulgo leso, panaca, abestado) vai sempre existir, independente de estar acompanhado de uma mulher mais, ou menos "corpulenta" - talvez no primeiro caso se sinta mais intimidado a levar um "coque" respeitável no centro da cabeça se fizer besteira, hahahaha...eu não resisto, eu não resisto.
Os outros que eu assumidamente tenho são contra quem me aborda ixcrevendu num portuguêis ki eu quaze num reconhesso; contra quem pede atenção no msn (acho muito pouco delicado fazer chacoalhar aquele bonequinho); e contra quem usa anel de formatura diariamente, por simplesmente ter a capacidade de imaginar que está sendo cool, ou achando que vai impressionar alguém, o que é ainda pior por subestimar o alvo.
Agora o inverso: coisas que, ao invés de ser um ponto contra, me causam empatia à primeira vista, o que podemos chamar de um "bom pré-conceito" (o avesso do sentido usual da palavra): sentir um perfumezinho agradável; pessoas que abraçam sinceramente; sorriso largo; e All Star - apesar de eu mesma não ter nenhum.
E porque comecei a falar no assunto, cito outros menos óbvios que não são meus, mas que existem voando por aí: cristãos contra ateus [já o inverso acho mais difícil, pois os ateus são pessoas esclarecidas demais pra agir com preconceito contra quem ainda não encontrou a luz, rsrs]; evangélicos contra evangélicos [porque essas igrejas acabaram virando uma espécie de time de futebol com torcedores fanáticos, cada um achando que a sua igreja salva mais que a outra]; mulheres solteiras contra mulheres mães que só falam dos filhos [tente focar a conversa nela, se não funcionar desvie para a liberação da venda de celulares aos cubanos].
Ai, já chega.
Eu podia terminar todos os posts com a frase: 'preciso dormir', porém ficaria repetitivo demais e acho que também tenho um certo preconceito contra pessoas repetitivas, rsrs.
4 comentários:
Preconceito: sm.1. idéia preconcebida. 2. suspeita, intolerancia, aversão a outras raças, credos, religiões, etc.
Faço uso da definição de meu amigo Aurélio, para começar um comentário sobre os preconceitos da vida.
Engraçado, toda vez que escuto esta palavra já me vem a cabeça os dois sentidos... acreditos que somos até um pouco preconceituosos com a palavra. Pois diante da afirmação: Ah, você está com preconceitos! a pessoa já vem com a réplica cheia de paus e pedras, com a cara de espanto digna de filmes de terror, dizendo em alto e bom som: o que?? de jeito nenhum, não sou preconceituosa (o)!!
Mas assim vai a sociedade, no fundo todos tem uma certa aversão à idéias novas, ou idéias que não são usuais. Faço minhas tuas palavras, ainda não sei pq diabos a menina modelo altona não pode namorar com o baixinho da kaiser, e dai que ele é baixinho, vai ver que ela sempre sonhou com baixinhos. Por exemplo, eu amo homem barbudo, aquela barba típica de treineiro de papai noel, mas e daí se a sociedade diz que o bonito é homem sem barba? eu não vou me adequar, muito pelo contrário, incentivo o meu amor a manter aquela barba gigante, do jeito que eu acho lindo!!
Do mesmo jeito, que eu acredito que a gente pode até pedir a opnião das pessoas, mas as mesmas não podem esperar que nós vamos seguir exatamente o que foi aconselhado. Cabe a cada um de nós decidir o que é melhor. Claro que não estrou repudiando os concelhos de amigos, pois bem sei que esses só nos querem bem, mas as vezes é bom experimentar e burlar certos padrões.
E daí se vc quer fazer o que dê na telha?? as vezes é bom se recompensar com certos prazeres da vida. Arrempender? as vezes acontece, mas antes se arrepender do que fez ganhando alguma experiencia, do que ficar no escuro imaginando como deveria ter sido se...
o "se" mata!! hahahah
bem amiga, fiz mais do que um comentário!! tenho esses problemas em escrever mais que os dedos, falar mais que a lígua...
vou ficando por aqui, pois tenho que dormir!! hahaha
Mesmo com receio de levar um "coque" ou de compor novamente a lista de "tá no limbo/nunca mais/odeio esse povo, droga!" de onde - depois de vários tréculos - consegui sair, uma pergunta ficou depois de ler o post. E como eu quero, eu posso, então eu faço! Aí está: Qual era mesmo o seu plano?? Sim, aquele detonado pela amiga, ué!
Do contrário, como vou saber se entendo ou não a sua versão mais livre das amarras dos pensamentos alheios? :)
Além disso, acrescento que também tenho arrepios quando percebo que a ignorância da melhor qualidade já atingiu níveis estratosféricos. Ou não é comparável a uma martelada (não a do "u", o quase "Thor" das letras) ver que hoje os erros daz peçoas ki inscrévim assin já estão presentes em outdoors ou mesmo nos comerciais de TV? Pior ainda é quando faço o terrível exercício de imaginar o alastramento da desinformação ao longo dos anos. Por outro lado, o que salva, é claro, é a excelente notícia de que as formigas (sim, pasmem! As formigas) já lêem Ni. As do meu tempo eram muito rústicas, só carregavam folhas e perdiam o juízo diante de um grão de açúcar. Falando nisso... ouvi rumores de que a cigarra deixou os cabelos crescerem, virou DJ e também demonstra seus dons musicais em uma banda com forte influência de Smiths, Scorpions, Beatles, U2 e das guitarradas de Mestre Vieira. Como comprar ingresso pro show? Esgotados! Agora só quando terminar a turnê 2008 pela europa e ásia. É, os invernos nunca mais foram tão brancos, monótonos e gelados.
Por hoje é só, afinal, já está passando o efeito do colírio alucinógeno indicado pelo mesmo médico do José Simão :)
Ainda vais me contar como tiveste acesso à informação tão restrita, sob pena de ser mandado de volta ao limbo, hahahaha... lembra como foi difícil te tirar de lá?
Okay, okay, não sou tão má, até pq tens te comportado direitinho! ;)
(Eu tô muito bem de "comentariantes", rsrs)
Rá rá rá. Procurando descobrir os detalhes das cascas que te observam? Não dá, pois não costumo revelar as fontes.
Só sei que quero a cópia do primeiro CD, quando sair do “forno”, com dedicatória e autógrafo.
Pensando bem, já não tenho medo do retorno ao limbo, já que você aprendeu a manusear aquele treco mesmo (ou estou confiando muito na sua memória?).
E, já que estamos falando em programas, sugiro a você o “New Jetti 2008”. Firewall bem conceituado que bloqueia até pensamento (melhor que o bloqueio da seleção brasileira masculina de vôlei). Por isso mesmo é que, após a instalação, recomendo que você edite as regras para não ter os programas “planos infalíveis.exe” e “idéias malucas da minha cachola.exe” eternamente bloqueados.
De um jeito ou de outro continuo no lucro, pois já percebi que escapei do “coque”!
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