sexta-feira, 31 de julho de 2009

Culpa

É uma faísca que não evolui pra fogo, mas também não apaga.

É assim que eu sinto. É assim que eu sinto que os outros sentem.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Eu não creio!

É o nome de um artigo que achei num cardápio-jornal num bar muito bacana de Brasília, chamado Rayuela, na última quinta-feira. Achei que valia a pena reproduzir aqui:

"Se Deus não existe, por que ser bom? Apresentada assim, apergunta soa realmente ignóbil. Quando uma pessoa religiosa dirige-a desse jeito para mim (e muitas fazem isso), minha tentação imediata é lançar o seguinte desafio: 'você realmente quer me dizer que o único motivo para você tentar ser bom é para obter a aprovação e a recompensa de Deus, ou para evitar a aprovação dele e a punição? Isso não é moralidade, é só bajulação, puxação de saco. Você está preocupadocom a grande câmera de vigilância dos céus ou com o pequeno grampo de dentro da sua cabeça que monitora cada movimento seu, até seus pensamentos mais ordinários?' Como disse Einstein, 'se as pessoas são boas só porque temem a punição, e esperam a recompensa, então nós somos mesmo uns pobres coitados'.

(...) A mim me parece que é preciso uma dose muito baixa de auto-estima para achar que, se a crença em Deus desaparecesse repentinamente do mundo, todos nós nos tornaríamos hedonistas insensíveis e egoístas, sem nenhuma bondade, caridade, generosidade, nada que mereça o nome de bondade.

(...) Tudo que a humanidade sofreu com as guerras, com a pobreza, com a pestilência, com a fome, com o fogo e com o dilúvio, todo o pavor e toda a dor de todas as doenças e de todas as mortes? Tudo isso se reduz a nada quando posto ao lado das agonias que se destinam às almas perdidas. Este é o consolo da religião cristã. Esta é a justiça de Deus? Este dogma aterrorizante, esta mentira infinita: foi isto que me tornou um implacável inimigo do cristianismo.

A verdade é que a crença na danação eterna tem sido o verdadeiro perseguidor. Fundou a Inquisição, forjou as correntes e construiu instrumentos de tortura. Obscureceu a vida de muitos milhões. Tornou o berço tão terrível quanto o caixão. Escravizou nações e derramou o sangue de incontáveis milhares. Sacrificou os melhores, os mais sábios, os mais bravos. Subverteu a noção de justiça, derriçou a compaixão dos corações, transformou homens em demônios e baniu a razão dos cérebros. Como uma serpente peçonhenta, rasteja, sussurra e se insinua em toda crença ortodoxa. Transforma o homem numa eterna vítima e Deus num eterno demônio. É o horror infinito. Cada igreja em que se ensina esta idéia é um inimigo da humanidade. Em vão se procuraria uma selvageria mais ignóbil que este dogma cristão.

O biólogo inglês Richard Dawkins é considerado o principal evolucionista em atividade. Autor do best-seller Deus, um delírio, de onde foi extraído esse trecho. No Brasil veio participar da VII FLIP.

"A religião chegou a convencer as pessoas de que existe um homem-invisível morando no céu, que vê tudo que você faz, todo dia, a todo instante. E esse homem-invisível criou uma lista de 10 coisas que ele não quer que você faça. Se você fizer uma dessas 10 coisas, ele tem um lugar especial cheio de fogo, fumaça, tortura e angústia, para onde vai mandá-lo para que você sofra, queime, sufoque, grite e chore para todo o sempre até o fim dos tempos... mas Ele ama você!"

George Carlin

sexta-feira, 17 de julho de 2009

sábado, 4 de julho de 2009

Pensamentes

"tenho sido só quando preciso ser habitado"

"um amor só deveria acabar quando terminasse"

"tô com o coração mais espremido que calcinha em bunda de mulher gorda"

"pq o poder da relação geralmente tá nas mãos de quem se importa menos, mas poder não é felicidade"

"pra quem quer ser querido, ser comido não basta"

"nunca disse que seria fácil, disse que seríamos felizes"

"sempre houve mais de você em mim que em você mesma"

"ela o admira por sempre olhar pra frente; ele a odeia por sempre olhar pra trás"

"é preciso dormir em si pra acordar no outro"

No fim da contas, e de alguns contos de amor, as concessões são parte inexorável do ato de amar.