quinta-feira, 23 de abril de 2009

So fuckin' special

- You are special baby, really special in a very very unique way that has to do with me personally.

Então tá. O amanhã vem tilintante com borboletas embrulhadas pra presente e brincadeiras esvoaçantes de ser feliz! :)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Post emprestado

O blog da Cristiana sempre me emociona, mas esse post pra mim é um dos mais tocantes:

"Amor e ponto.

Houve um tempo em que as certezas fugiam dele – elas conseguiam, ao contrário de mim. Foi um tempo nebuloso em que às vezes chovia, às vezes fazia sol. Mas, independente do clima, a gente se encontrava. Atravessávamos noites e noites lado a lado, acordando mais juntos ou não. Eu me lembro de muitas em que ele adormecia antes de mim. Abraçada ao seu corpo, eu dizia para o silêncio: "Amor". Era solitário. Ficávamos eu e o que não cabia em mim, procurando um lugar que pudesse nos abrigar. Dias e noites se repetiram e o amor se manifestava, seguidas vezes, do coração para a boca, sem enfrentar grandes distâncias. Era um segredo meu comigo. Até um dia em que fechei os olhos antes dele. "Amor." – ouvi num susto. Finalmente ele havia parado de lutar. Não mais se debatia. Num sorriso, se entregava ao que era feliz. Eu chorava. Era alegria demais. Algum tempo depois, já era corriqueiro. Mais algum tempo, você. Que antes era só um outro desejo escondido – também nele. O verbo se fez carne, como ele mesmo disse um dia. (Ainda bem que deu tempo.) A palavra amor seguida de um ponto final é para poucas pessoas e poucos momentos. Para poucos porque é muito. "

terça-feira, 21 de abril de 2009

O amor que a vida traz

Ganhei de presente esse texto em 1a mão, enquanto conversava com a minha amiga querida Carencita! É perfeito:

"Você gostaria de ter um amor que fosse estável, divertido e fácil. O objeto desse amor nem precisaria ser muito bonito, nem rico. Uma pessoa bacana, que te adorasse e fosse parceira já estaria mais do que bom. Você quer um amor assim. É pedir muito? Ora, você está sendo até modesto.

O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar. O seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos seus amigos. E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula 1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.
Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.
E agora está você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence. Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja - ah, este me serviu direitinho!
Aquele amor corretinho por você tão sonhado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado. Aquele amor que você encomendou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio."

- Martha Medeiros -

I'm on a plain, I can't complain


The little airplanes of the heart with their brave little propellers makes me happy!
E então os obstáculos unem as pessoas que
querem o mesmo: viver.
Porque é o que nos resta, 
porque essa vida não pode ser em vão,
porque há de se trocar a apatia pela alegria,
há de se celebrar o risco - e o riso,
há de se aventurar
até que haja um sentido pra tudo,

porque tem que se obrigar a encarar a vida
e arrancar o que há de

mais dançante, mais tranquilo, mais significativo,
mesmo que por um breve tempo.
Importa é manter aquele insuspeito sorrisinho
misteriosamente feliz no canto da boca.


"I'm so happy 'cause today..."

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Despedida

Existem duas dores de amor:

A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também.

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida… Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.

- Martha Medeiros -

E eu nunca esqueci uma poesia que li em algum lugar que dizia mais ou menos: "não te amar dói como o último suspiro de um suicida".

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tempo, tempo, tempo, mano velho

[Praia dos Carneiros - PE, fev/2009]

"E a vida não é mais que a fração de tempo que lhe foi concedida, durante a qual ele pode (e, na verdade, deve) moldar seu espíritode acordo com seu próprio entendimento dos objetivos da existência humana. No entanto, a rígida estrutura na qual ela se insere torna nossa responsabilidade para conosco e para com os outros ainda mais flagrantemente óbvia. (...) Afirma-se que o tempo é irreversível. É uma afirmação bastante verdadeira no sentido de que, como se costuma dizer, 'o passado não volta jamais'. Mas o que será exatamente esse 'passado'? Aquilo que já passou? E o que essa coisa passada significa para uma pessoa quando, para cada um de nós, o passado é o portador de tudo que é constante na realidade do presente? Em certo sentido, o passado é muito mais real, ou, de qualquer forma, mais estável, mais resistente que o presente, o qual desliza e se esvai como areia entre os dedos, adquirindo peso material somente através da recordação. O tempo não pode desaparecer sem deixar vestígios (...) e o tempo por nós vivido fixa-se em nossa alma como uma experiência situada no interior do tempo."

Tarkovski, Esculpir o tempo (adoro esse nome!), págs. 65 e 66.

Sessão de Gala, Corujão or whatever

A vida às vezes é assim:

Certas noites, Ray, sozinho, pensa em Mirabel.
Certas noites, Mirabel, sozinha, pensa em Ray.
Certas noites isso acontece ao mesmo tempo e, sem saber, eles continuam se relacionando.

Como é possível querer uma mulher à distância por não querer sofrer por tê-la?

- Tá feliz?
- Tô sim, baixa intensidade é legal.

Memórias, datas, personagens, sentimentos indefinidos, eternas insônias e distâncias, tudo embrulhado num lindo ovo de páscoa quebrado. O cansaço de uma nostalgia corrosiva força o olhar pra frente, força o caminhar no qual se evita os caminhos que se sabe não darem em lugar algum, mas que em momentos assim, ela olha e finge que não sabe e brinca de reconstituir um final feliz. Por um segundo sente de volta o cheirinho de felicidade que aquele Ferrari Black trazia consigo, ouve a voz rouca ao violão por trás da voz de Evan Dando, cantando Will you still love me tomorrow e tantas outras canções que parecia que ele próprio compunha, tão lindo era o jeito que se apossava delas, pra depois o peito lembrar que quanto maior a felicidade, maior a dor. Desaconselhável brincar com coisas tão profundamente afetáveis. E como é possível se sentir assim depois de ouvir tantas outras coisas bonitas, de quem parece ser tão intenso quanto ela? De repente, o que parece impossível consegue superar em muito o que parecia perfeitamente viável e não foi. A vida às vezes é assim.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Somebody to love

Nop, it's not "I'm gonna make somebody love me", from Franz Ferdinand, it's deeper:

When the truth is found to be lies
And all the joy within you dies
Don't you want somebody to love?
Don't you need somebody to love?
Wouldn't you love somebody to love?
You better find somebody to love.

(Jefferson Airplane)

Quando se descobre que a verdade é mentira
E toda a alegria dentro de você morre
Você não quer alguém para amar?
Você não precisa de alguém para amar?
Não adoraria ter alguém para amar?
É melhor você encontrar alguém para amar - aqui caberia bem um 'garota', com uma cara bem cafajeste, rs.
A música é ruinzinha, mas a letra é legal.
Foi me apresentada e recitada por Ingo, a melhor versão paraense de Greg. :)

terça-feira, 7 de abril de 2009

sms ipsis literis

A part of you has grown in me (...)

"Confieso que he vivido", Pablo Neruda. (...)

Eu chegou.

Eu sei fingir que não ligo, mas não sei não me importar.

Menina vc tá afim com aqueles que gostam de buscar o sorriso nas pessoas, a vida é boa e o Brasil maravilhoso. Pense só nas coisas boas que ainda tem que acontecer!

Não terminamos, mas ninguém sabe o que fazer e quando ninguém sabe o que fazer é o apocalipse! E amo o Rio!

No fim, tô meio bossa nova: a letra é triste, a música é feliz e a conclusão tem esperança no horizonte.

Ontem assisti "My blueberry...", achei que o personagem Elizabeth tem um pouco de vc.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Conclusão pós-filme

Como o tema ensejou debates calorosos, a conclusão que se pôde chegar no início da madrugada foi a de que o que leva uma relação a se manter por anos a fio é o lado lúdico e a indecência, rs.

A film every girl should see

* He's just not that into you / Ele não está tão a fim de você *

Imperdível. Jeito leve de falar de quão complicado é entender sinais e se relacionar com o outro. Não tem como não se identificar porque todos já estivemos nos dois lados: quando vc não consegue corresponder à altura ao sentimento e aos planos alheios ou de quando se está muuuuito a fim e o outro não reage, empaca! Leia-se: ele não está tão a fim de vc.
Logo no início da minha solteirice - categoria amadora, foi o que pude constatar de cara: como é difícil encontrar esse equilíbrio, alguém que corresponda na mesma medida, nem sufocante, nem displicente. Esse é o maior desafio. E é por isso que a gente mergulha de cabeça quando acha que achou (de novo) esse alguém que encaixa direitinho, mesmo que a história pareça impossível de continuar e sabendo que vai ficar mal no fim, a gente vai tentando construir vários happy ends pra historinhas de curta, médio ou longa metragem. É que no fim, o final feliz pode ser feito de um eterno 'move on'.

*Quem me conhece sabe que o casal que mais poderia me emocionar durante o filme é Jennifer Aniston e Ben Affleck. Lake of tears, aff!
** Vale a pena ficar até fim dos créditos pra ouvir "Friday I'm in love" do The Cure.