quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Realidade, destino e "mocinhices"

A mocinha contemporânea odeia que a tratem como feita de cristal.
Pop mocinhas do mundo pós-moderno odeiam presunções psicanalíticas.

Queremos que a mocinha se foda. Estamos cansadas de contos de fadas.

Realidade é bom e faz crescer. Mas bem que o destino podia dar uma mãozinha.

(Inspirado no flyer anexo ao email da quirida Lú!)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Fórum Social Mundial

Quem manda ser a pró-ativa da estrela?
Agora aguenta a desorganização!
Hoje tem marcha de abertura e tentativa de pegar as credenciais gerais, além da tosquíssima credencial de cultura (sem nem míseros barbantes!). Okay, vai ser divertido. Compensa.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Viva!

Certas quase-tragédias que viram só histórias pra rir com os amigos (testemunhas trêmulas-e-oculares) servem pra lembrar o quanto é bom estar viva. E saudável! - sem as ferragens que eu já via entrando e me rasgando a pele. Balãozinho do pensamento enquanto num filme em slow motion, numa fração de milésimos de segundo, eu enxergava aquela lataria prata toda em cima de mim, me antecipando a dor que eu sentiria: "ai, tomara q eu não fique inconsciente e que não entre muito em mim essa ferragem - e será que eu tô com meu cartão do plano de saúde na carteira?"
Aff! Gracias a todos os deuses, santos, anjos da guarda, caboclos, vibrações energéticas, física quântica, fadas, gnomos, tambores e ziriguidum! We're alive, oh yeah! :)

--x-x-x--

Andrei Simões diz:
gastamos uma vida ali...aquilo foi impressionante ahuauhahuahua...
Dri diz:
é, gastamos...hahahhaha
Dri diz:
foi... égua, eu ainda tô trêmula
Andrei Simões diz:
muita adrenalina mesmo...foi muito, muito perto...cacete... egua a gente ia se foder muito se o carro batesse...estavamos muito rapidos...
Andrei Simões diz:
acho que ainda tinha um hot dog na esquina
Dri diz:
hahahahahahah, tinha, hahahahhaahha...ia misturar nosso sangue com ketchup, PQP, ia ser muito trash!!
Andrei Simões diz:
nosso sangue com as pessoas que tavam lah tb...caramba...mas melhor nem pensar nisso...estamos intactos e o carro tb
Andrei Simões diz:
as vezes o universo conspira a favor
Dri diz:
é...nessas horas os ateus até soltam um 'graças a deus', rsrs
Andrei Simões diz:
ah com certeza...mas sou um ateu crente huauhauhahua...jah agradeci pra uma dezena de deuses aqui heheeh
Dri diz:
eu agradeci ao saquê por ativar meus reflexos
Andrei Simões diz:
teus reflexos foram muito bons...tua direção defensiva foi horrivel uahhuahuahua mas teus reflexos me impressionaram...fizeste exatamente o certo pro carro nao rodar e nao bater na calçada e nao bater no carro
Andrei Simões diz:
egua vou dormir....esses momentos nos relembram que eh bom estar vivo e saudavel
Andrei Simões diz:
ateh amanha :*******
Dri diz:
isso! Foi o q eu acabei de dizer pro James! Beijos e até amanhã
Andrei Simões diz:
beijos


E foram dormir vivos e felizes para sempre - sem nem um bandaid! :D

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Os dois lados da auto-estima

LADO PRESUNÇOSO:

[Usava a foto abaixo no momento do escrito]








O que esconde
esse escuro?
esconde o significado explícito
esconde essa tristeza permanente, desgastante, premente
esconde o medo do corpo e o corpo em si
as cicatrizes todas,
as dilacerações da pele
as feridas vermelhas e pintas na pele esbranquiçada
o escuro não esconde o cheiro, não esconde o tato,
o escuro não esconde o grunhido durante o ato
o escuro não esconde pálpebras fechadas em beijos
o escuro não esconde o medo do escuro
o escuro não esconde a surpresa do afago
o escuro não esconde a entrega ou o desacato

Dri diz:
hmmmmmmmmm... pintas na pele esbranquiçada, é?
. diz:
(sem paranóias... isso foi antes de dezembro!)
Dri diz:
bah, acabou de perder a graça, preferia com paranóia!
. diz:
hehehehe
. diz:
esse último foi há pouco
Dri diz:
qual último?
. diz:
esse sobre o que o escuro nao esconde
Dri diz:
hum... mas esse sim é muito mais inespecífico!

*Resumo: Não consigo acreditar que não foi feito pra mim. Ele mentiu.*


LADO CRÍTICO:
- Tomei a vac. da febre amarela pra ir praí! :P
eu: hehehe
- (sodade!)
eu: (essa saudade saiu no automático, igual ao 'meu amor' da 1a linha :P)
- (nao. essa sodade saiu SAUDADE)
- ERICA,PARAAAAAAAAAAA!
eu: tua sorte é que eu não tenho mais 15 anos
- gosto muito de ti
- saudade é porque to com saudade ora
- e vaia merda
- méhhhhhrda
- hehehe
eu: hahahahahaha
- bjocas
eu: prefiro assim, vejo mais verdade!
- aiai...

*Resumo: Continuo não acreditando que alguém que esteja se divertindo tanto e de todas as maneiras possa sentir saudade de outro alguém lááá longe - em todos os sentidos. Ele mentiu, de novo.*


LADOS DOIsDOS: [Bônus]
. diz:
só pra dizer q to com saudade
Dri diz:
pra quê?
. diz:
ô
. diz:
a pergunta é de que, especificamente
Dri diz:
ok, então de quê?
. diz:
oooooooooo
. diz:
nao se diz
Dri diz:
não liga, amanheci meio chata hj, reconheço
. diz:
erica, tu ÉS chata
. diz:
(saudade disso tambem!)
. diz:
vou? nao vou? fico? haushsauuhas
Dri diz:
não, absolutamente. Eu sou a pessoa mais gente boa que eu conheço!
. diz:
gente boa pode ser chata, isso nao é excludente, haushasuhashu
Dri diz:
hã? Me vês assim, essa confusão ambulante, é?
. diz:
ahan!
Dri diz:
pq? Qdo eu fui assim?
. diz:
assim sou eu, as formigas se reconhecem, hehehe
. diz:
sempre

Dri diz:
hum... achei q era pelo fato de eu ser uma solteira amadora demais...mas se tu também és (tu = solteiro veterano), então não deve ser por esse fato
...

--x-x-x--

. diz:
cara, tu és ótima
. diz:
como não te conheci antes?
. diz:
acho muito engraçado tuas atitudes SUPER parecidas com as minhas
. diz:
tipo eu nao queria estar discutindo, mas estou
. diz:
e todo o sofrimento que isso gera
. diz:
muito engraçado!!!!
. diz:
eu sou super assim, mas nunca tinha visto ninguem fazer isso
. diz:
exceto... tu!
. diz:
haushuahshua
. diz:
se quiser ligar o som e me ouvir fazer grunidos

*LEMBRETE: Chico em ploquitos é perigoso demais! Proíba-os! Tape os ouvidos!*

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Microcontos da vida real

I

Gata borralheira foi ao baile. O príncipe só tinha olhos para Cinderela e nem a viu. Cinderela não tomou conhecimento nem pelas enteadas. O príncipe ainda alega que elas nem lembram de quem se trata. Se a gata dependesse dele pra manutenção de sua auto-estima seria 'burralheira'.

II

Eles formavam um casal legal. Todavia, ele oferecia teto, ela só queria tato. Tentaram dois tempos. Terminaram aco(s)mo-distantes.

III

Ela via um mar inteiro naquele olhar. Nem sabia que um dia o mar a poderia fitar. Ficou confusa. Ela sempre gostou de ouvir, quieta, o barulho das ondas.

IV

Nunca haviam apertado forte sua mão daquele jeito depois de um abraço bom.
Não lembrava da última vez que haviam lhe deixado na face um beijo tão terno.
Tava na cara a profunda adepta de delicadezas que era ela: enrubesceu.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eu Fabrinco, Tu Fabrincas, Ele Fabrizio

Persiste uma pontinha de lógica no mundo; uma espécie de lei da compensação. Aparentemente pessoas (é que eu suspeito serem anjos ou vindas de outro planeta) que surgem pra que voltemos a ter fé no ser humano.
Fabrizio foi o último exemplo.
O romano mais paraense, ever! Eu vou achando linda a imersão e o encanto pelos nossos sabores, pela vontade de descobrir o mundo (apreciando o meu), dividindo histórias e muitas risadas, esbanjando o talento de se fazer muito querido em tão pouco tempo. E ainda me diz pra pensar só nas coisas que ainda têm que acontecer.
Que a estrada, mãe de todos os caminhos, siga sendo generosa conosco. Amém.

sábado, 17 de janeiro de 2009

O contrário do amor é a indiferença

Queria acreditar quando lhe cantassem:
Morena dos olhos d'água, tire os seus olhos do mar
Vem ver que a vida ainda vale o sorriso que eu tenho pra lhe dar.

Quanto tempo
Pode durar um espanto
Onde lançar a voz
Tempo
Tanto.

Bastou uma noite depois daqueles 2 anos. Sim, agora tudo se resolveu. É. Ela ainda não sabe dizer como é viver sem aquela áspera esperança que carregava involuntariamente na delicadeza de tudo que acontecia de novo, como a viúva que chora diante do corpo e ainda não sabe como vai ser a vida ao voltar pra rotina da casa.
A casa dela há tempos havia sido abandonada, mas em tudo que fazia, o antigo combatente de uma guerra de dúvidas se fazia presente: sempre escrevia da trincheira sinalizando que um dia voltaria pra casa. Ela acreditava.

Sua torpeza inventava motivos pra justificar a não-volta, como uma coisa quebrada que persiste em ser, já não sendo. Quando numa noite o improvável aconteceu, pôde ver que não havia mais nenhum tanque na rua, não havia mais medo. Sentiu-se estranha e percebeu que não sabia mais sentir. Correu e se trancou no quarto maior e mais escuro. Finalmente se entregou à sua pequenice, impotente. Entorpeceu-se por dentro. Não sabia explicar em quantas tantas vezes se mata o coração.

O que será ser sua sem você

Agora eu sei.

Olha as tuas meninas. As tuas meninas. Pra onde é que elas foram
Se já saem com outras notas a tua canção. Vão as tuas meninas
Levando nossos destinos que eram tão iluminados de sim
Partiram de mim e embaraçaram as linhas
Da minha mão.

As meninas eram tuas, só tuas na minha ilusão Na canção cristalina da mina da imaginação
Pode o tempo marcar seus caminhos
Nas faces com as linhas das noites de não
E a solidão maltratar as meninas Que eram tuas e fim.

As meninas eram tuas, só tuas, as meninas do teu
E (d)o meu coração.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Entrelinhas da tristeza

Vem da falta de não precisar mostrar o que se é, ou conter o que se sente.
Conter é um "ter" guardado pra si que não serve de nada, além de alimentar o medo de se revelar e dar poderes demais a quem se confia de menos.
É que o pouco e raso não me apetecem.
Quero que os olhares pousem certezas.
Que a presença seja a saciedade da fome.
Quero muito muita simultaneidade.
Quero tudo na mesma medida e além.
Quero sincronia - bodies and soul.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Resumo do eterno não-saber lidar com a rejeição

* Versão I: *

- Então é isso mesmo?
- Sim, é o melhor a ser feito.
- Ok, não vou mais te procurar, não te preocupes. [Voz seca e firme]
[Vira as costas e vai, sem olhar pra trás.]

[Alarme da rejeição tocando: Será que era isso mesmo que eu queria? Não! Não era bem assim!]
- Ei, espera!
[Levanta e corre atrás.]

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

* Versão II: *

[Pessoa 1: Fala e faz de tudo pra que a Pessoa 2 não se apaixone.]

[Pessoa 2: Burra, assume o risco conscientemente, só por não saber lidar com a mierda da rejeição. Auto-estima: zero.]

sábado, 10 de janeiro de 2009

But I still haven't found what I'm looking for

Vira e mexe essa musiquinha me vem à mente.
Porque nós somos isso: essa busca incessante por sabe-se lá o quê.
Um vazio descontraído, que acostumou a vagar cicatrizado.
Porém, existe uma passagem secreta em cada um, que, uma vez atravessada, escreve na pele, em carne viva, uma história.
Não falo de qualquer porta, falo daquela passagem secreta.
Pela porta passa qualquer um(a). Eu quero o extraordinário, eu quero a transcendência. Entendem agora a minha porta fechada? Quando alguém descobre o caminho da tal passagem não precisa pedir pra entrar. O complicado é simples assim.

Can't you see that I'm a cherry, not an apple?

- Maçã madura na natureza morta -
A imagem que te fascina reflete o inconformismo,
O tiro no pé, o arrependimento.
Eu, outsider, só quero me livrar desses incômodos,
And burn, deeply.
[hearing softly on the radio the soundtrack of a world without ghosts.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Pondo as letras na mesa

Num guardanapo:

Planos e histórias.
Planos na Cinelândia,
teus e meus casos. Barreiras fictícias,
quais são nossos laços? Onde estar?
Seja com quem estivermos,
nunca cansas de ser. Insistir, insistir.
É no vazio que se constrói o que no humano um devir virtude.
É nas saídas que recordamos o que será de agora em diante.
Milton diz: "sei que nada será como antes, amanhã..."

_Eri|ca|ssio_
Cine Odeon 08

Numa folha de bloco, escrita de cabeça pra baixo:

Odeon

Vidas abertas, expostas à mesa
eu, café; tu, água
nossas as incertezas.

___

No caos da tua ótica
a ética (nunca à toa ou patética)
no mínimo, atenta.

Barth p/ Erica
Cinelândia, RJ.
30/12/2008

E isso me lembra que, na hora de colocar meus planos pra 2009 no papel, a única coisa que me vinha era ir. Essa vontade até que foi aplacada, inexplicavelmente.
Bom porque assim me sinto mais leve, e pessoas leves, voam.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A-colher

*Pequenos prazeres: um grande negócio*

- Às vezes a felicidade tá ali, super acessível, numa colher de leite condensado com leite em pó, rs.


[Mini-registro: a felicidade também tá na sábia escolha dos amigos. Sorte é isso: merecer e ter, escolher e ser escolhida.]

domingo, 4 de janeiro de 2009

O click

Depois do click, a explosão.
Depois, o feito exposto.
Depois, não há depois.
Foi só um
click que ensejou sorrisos.
Raro. Estranho o não saber lidar com o pós.
Bem vinda de volta, extraterrestrialidade.
Ah, eu nem senti saudades.
Mas a história puxa o gatilho por si só: click.
E os sorrisos viram desconfortável pó(s).

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Re-creio. Recr(e)io.

Ela - botaFogo.

Ele - leBlon.

Lá - alçaram muitos vôos: swal(tz)-low.

RezEND.