segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

2011 que vai, 2012 que vem

2011 foi, até final de novembro, o ano da desesperança.

Achava até que havia secado por dentro, acabado com toda quota de amor que a um ser humano foi entregue pra gastar em uma vida, tamanha era a descrença de que algo ou alguém realmente (im)pulsante pudesse me acontecer. 
Aconteceu, mas -- como sempre tem que haver um "mas" -- assim como nos meus últimos "ensaios de relacionamento", ele mora e é de longe. Porém, é um longe tão perto e presente, um acolhimento tão amoroso, tilintante de felicidade que é capaz de transformar todo o drama da distância em mais uma mera dificuldade imposta pela vida que sabemos exatamente quando e onde será superada. A alegria desse encontro é tão grandiosa que sei que poderia esperar o tempo que fosse preciso por ele -- e, ainda bem, nem vai ser tanto tempo assim.

Dessa forma, 2012, ano par (já falei da minha preferência boba por anos pares), virá radiante, cheio de planos, esperança (!) e muito, muito amor, porque o milagre do "acreditar" voltou com força total! Quem diria, hein, 2011?!

"I don't see what anyone can see in anyone else but you." 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Just like the sun

Veio tão natural e forte, como se já fosse meu desde sempre.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Presente

Parece que vai ser tudo novo, de novo.

E não me importa o tempo que seja isso, porque a sintonia rara que se instaura já é um sopro diário de leveza.
É uma sensação boa. Agora é só quase morrer com as borboletas percorrendo o estômago no dia 24 de novembro. Ah, eu prometi a mim mesma não criar expectativa. Mas nem é, é só um frenesi safado insubordinado!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

She's leaving your house, she had to get out

Preciso arrumar muita coisa que anda bagunçada demais dentro de mim, fora de contexto até.
Preciso de um presente. As coisas que passaram vão ficar lá pra sempre, se apagando cada dia um pouquinho mais. Não quero sumir junto com elas. Pode ser que haja uma certa repetição de padrão de comportamento, pode ser que não. Talvez mais do que optar/apostar, eu não tenha mesmo escolha. Viver é preciso.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O que vale a pena?

Vale mais ser massacrada dia-a-dia pelo nada (pague pela tristeza e leve grátis saudade) ou vale mais insistir num amor atualmente impossível e sofrer tudo mais uma vez, novamente? Sofrer junto sem perspectiva é melhor que sofrer separado, com o mundo de perspectivas aos nossos pés (mesmo que elas não se concretizem)?
Já não sei de mais nada. Cansei de duvidar e perguntar a mim mesma, só sei que "valer a pena" é a única coisa da qual precisamos nos convencer sobre o futuro.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

I can'T see clearly now


Así que si en algún momento te vuelves a sentir triste, recuerda: AMA y deja de mirarte el ombligo.

(A conversa foi sim uma das mais amorosas e sinceras que eu já tive.)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Happy Birthday to me

Entre toda minha baixoastralzice pessimista, os parabéns que eu pensei fossem terminar ali no msn mesmo, virou uma inesperada ligação com uma conversa que me fez um bem!
Bom saber que existe alguém nesse mundo maluco que conhece, e acho que até entende, a minha essência. Diria que é quase um alívio!
Ahora me voy esperar por la llamada mañana. Echo de menos aquela voz grave.
Esse é o bom de los cumpleaños: todos que me são caros têm um bom motivo pra ligar.

Conclusão da noite: até frase clichê é bom de ouvir quando ensopada de uma sinceridade persistente (persistiu à queda cortante da bateria do celular).

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O que incomoda

É não saber viver sem pertencer.
Volta auto-suficiência! Agora! É uma ordem! - enxugando as lágrimas de mulherzinha. Aff!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Desejo = tempo em suspenso

"A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa."

[Lenine]



Vida doida, essa.

sábado, 27 de agosto de 2011

My brave face

É bom ter coragem pra tomar atitudes nunca dantes tomadas diante de mares esdrúxulos, nunca dantes navegados. Me faz sentir forte e coerente com minha transparência, dado que sempre gostei de me posicionar diante das situações e não tenho paciência pra joguinhos, o que não se confunde com falta de delicadeza/sutileza ou adoção do método soco na cara e fratura exposta, rs.

Tô achando bom o whatever it happens, distingo com clareza os ganhos de uma forma ou de outra. Minha ansiedade, enfim, parece um bichinho de estimação mega-dócil que saiu por aí e perdeu o caminho de casa. A sensação é de paz por ter feito nesse mês tudo que eu achava que devia fazer, desatando laços, deixando outros a cargo do destino, e, sobretudo, trabalhando por mim mesma. Não, prefiro dizer: trabailando, transmite mais suavidade e movimento: eu trabailo! :-)

domingo, 21 de agosto de 2011

Sunday morning

É preciso ser forte pra manter uma decisão baseada na razão, enquanto o coração teima em sonhar o improvável.

E o fantasma da solidão ronda. Eu espanto ele com os livros, fiéis companheiros. Aos domingos é um pouco mais difícil.

Fundo musical:
Sunday morning, praise the dawning, it's just a restless feeling by my side. [Velvet Underground]

http://www.youtube.com/watch?v=zZXZ2wWmARY&feature=related

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

I know, but i don't know

Um olhar curioso que devassa
  versus 
um coração que se acelera
 = 
desconcerto.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Answer me

What do you think when you see us?

- The tree of life -

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Saudades

de pegar um avião pra bem longe, chegar, receber um abraço gostoso de boas-vindas e dormir agarradinha nesse abraço.
Enquanto isso, cai a chuva forte pela janela dos meus devaneios.

domingo, 17 de julho de 2011

Pacto de liberdade

E cada vez que acordamos sermos mais livres, mais o meu coração opta por amá-lo.
Um amor que não se completa, mas que está sempre muito disposto a tentar.

sábado, 16 de julho de 2011

Belém em julho

Entre emails inusitados, caixa de alfajores, livros que comprei a serem lidos com tranquilidade todos esse mês. A casa e a cidade inteira só pra mim. Calmaria feliz.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Despreparo

Impressionante como a gente teme a única coisa que sabemos ser certa nessa vida.
Vida que é mesmo mázinha: nos deixa tontos, nos joga no chão e brinca de dar uma noção de onde todos vamos parar, naqueles minutos de semi-consciência em que o instinto é maior que tudo.
E eu que me considerava toda não-tanatofóbica. 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pretensa aliteração pró-produção

Fui a Foz. Foi bom tomar fôlego pros desafios do 2o semestre.
Fato é que chega uma hora em que não se pode mais fugir: a responsabilidade puxa e pesa.
Objetivos acumulados pelo tempo, até então solto e frouxo demais! 
Enquanto eu acreditar, abro mão da facilidade de não arriscar e dou a cara à tapa.
Agora, porque nem um minuto volta pra ser retrabalhado.
Que eu saiba ser muito mais produtiva daqui pra frente.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sedavi

A flor, a praia, as velas, el desayuno, a volta do trabalho, os abraços. Acho que nunca te falei, mas um dos dias mais "leguays" - em nosso portuñol particular - foi quando, saindo do trabalho, me buscaste em frente àquela loja tradicional, onde eu tinha o plano secreto de comprar um conjunto de xícaras clássicas, pra substituir as tuas de asa quebrada. Entrei no carro, como se fosse normal aquela situação, me deste um beijo, eu perguntei como tinham ido as coisas no trabalho e fomos pra casa; ou talvez quando foste encontrar comigo pra me ajudar a comprar o presente de Navidad de mi madre. Coisas das mais corriqueiras, ligações tuas ao sair do trabalho, que me davam uma sensação de permanência, de rotina. Talvez mais do que conhecer mais algum outro país contigo, eu quisesse uma vidinha menos itinerante e um pouco mais previsível, com menos preocupações com nossas malas - y sabes o cuanto me gusta viajar y conocer otros países!- e mais preocupada em pensar que filme baixar pra assistirmos juntos na sala, de mãos dadas, depois de cenar y poner as louças dentro da máquina, juntos.
Sim, me fazias sentir verdadeiramente em casa. E, aconteça o que acontecer, em ti sei que sempre vou encontrar um pedaço de mim, e, em mim, como sabes, carrego muito de ti, e é justamente essa parte de ti que trago dentro é que me acalma.

domingo, 29 de maio de 2011

Deslocamento

Só gosta dos filmes da Sofia Coppola quem se identifica com a falta de ambientação dos personagens em seus mundos.
Nesse último, Somewhere, a parte que eu mais gostei foi a combinação de ping-pong, piscina e Strokes.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Escrevo cartas pra ninguém

"Por mais que eu tente sublimar a cobrança e a pergunta se um dia vc ainda vai resolver  'me querer de volta' , ela vai estar sempre ali, camuflada na forma de qualquer outra pergunta."

"Insistir em tentar descobrir se vc ainda sente um resquício de amor por mim estando com outra pessoa há mais de 1 ano é, no mínimo, falta de amor próprio."  

Faz bem saber que eu já disse tudo que queria ter dito, apesar de que ler essas coisas traz sempre a dor novinha em folha de volta. Fazia tempo que eu não chorava, muito tempo mesmo, e isso me dava uma sensação de superação. Mas agora... não que eu não tenha superado, o problema é que o monstrengo da solidão (que adora aparecer domigo à noite) faz a gente vasculhar o the best of da vida, e adivinha quem está lá? Pois é. Eu não acredito numa volta, sinceramente não. Nem que chegasse o dia tão sonhado de ouvir a sua voz me pedindo pra voltar, como já aconteceu uma vez. Juro. Não há meio de perdoar o abandono de um projeto de felicidade, construído com tanta doçura e sem esforço nenhum: éramos apenas nós mesmos, sem muita noção do tesouro que tínhamos nas mãos. Depois de tanto rodar pelo mundo, conhecer gente, sei exatamente o valor daquilo e, pensando bem, vc tinha noção sim, porque lembro que dizia que o que nós tínhamos era "um em um milhão" - e eu achava um exagero. Essa sua noção só contradiz o resto da história, que eu já desisti de entender há tempos. Hoje o que eu quero é relativamente simples: crer que um raio pode cair duas vezes num mesmo local. Enquanto isso não acontece, nada se ilumina, só chove.

domingo, 1 de maio de 2011

Maternidade desviada

A não-maternidade é uma opção que vai se consolidando. O engraçado é que parece que isso torna o amor pelos meus amigos cada vez mais maternal. Talvez pra dar vazão. Ou talvez pq eles sejam mesmo tão maravilhosos que me fazem querer ter o poder de protegê-los de todo e qualquer mal.

PS.: Eu incluo a minha mãe entre meus amigos e o meu amor por ela tb tem se tornado muito maternal, rs.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Mas é claro que o sol vai brilhar amanhã - mesmo estando na cidade cinza!

Depois da tempestade, tem de vir a bonança! Vou atrás dela, num lugar cujo nome não poderia ser mais apropriado: Bonito.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Divisor de águas

Porque hoje é um dia triste e precisava ser registrado. 
Mais triste do que a própria tristeza só a visão da dor daqueles que amamos.
Que o benevolente Sr. Tempo se encarregue de carregar rápido essas feridas feias pra bem longe, pra um lugar onde nem a lembrança as alcance. Amém.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Veneno antividachata

Se ao menos eu conseguisse desapegar de tudo que me faz mal e ver que a minha grama é ou pode ser tão verde quanto a do vizinho.

Saudades de um coração saltitante - não que eu seja triste, mas é uma luta diária e eu tô cansada de coisas, pessoas, lembranças, objetivos, passado, futuro e essa névoa. Bendito seja o sono. 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Respirando fundo

Poucas coisas me irritam mais do que a transferência de responsabilidades. Solicitar ao outro que resolva um problema que é seu ou fazer uma série de planos com base nisso! Pior ainda é quando eu não tenho como dizer não.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Humor e sensibilidade

"Promete que a gente vai ser muito feliz em abril?"

Tudo que ela queria era um simples sim. Sorriria e a conversa se encerraria ali, mais leve. E não todas aquelas explicações racionais nada românticas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Menina do anel de lua e estrela

Da série "se eu fosse uma música".



Música com cheiro de madrugada.

Skepticism

É preciso coragem pra desconstruir castelos.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Pediu licença e foi esquiar


As aquisições mais legais de 2010 foram: ter aprendido a falar um novo idioma e ter visto a neve pela 1a vez na vida, brrrrr! Também conta ter feito a maior loucura por alguém ever! :)

Oh, Calcutá!

Amar, entre outras coisas, é sofrer junto com o ser amado por suas dores. Isso explica um pouco da minha decisão rumo à opção da não-maternidade. Essa impotência me faz muito mal. Nada altruísta, eu sei, mas a opção contrária geralmente não o é também.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Início de ano + chuva = nostalgia

Estar viva e desperta à efemeridade da vida me dá uma sede dela e daí vem minha dificuldade em me concentrar em uma coisa só.
E ainda o peso dessa nostalgia no peito. O peso das coisas que eu não pude entender e daquelas que me vejo incapaz de perdoar - como se alguém precisasse do meu perdão; presunção demais. Só eu preciso do meu perdão pra seguir mais leve.