sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sou-estou noiva, rá!

O pedido mais originalmente lindo que uma romântica incurável como eu poderia ter recebido.





Eu digo sim mil vezes, Sim!
Curtindo muito tudo isso!


sábado, 21 de julho de 2012

Sobre os outros amores

Meus outros amores não são menos amados que o amor atual, não. São somente amores exauridos, que de exaustos, se transformaram; retiraram o romantismo de sua essência.

A cada um envio meu melhor desejo de felicidade, despido de ciúmes, ressentimento ou qualquer outro sentimento vil, assim como desejo não ter deixado nenhuma magoazinha encravada no canto do peito de ninguém. Se porventura deixei, acho que o tempo já se encarregou de apagar e deixar só as melhores lembranças.

Afinal, nós somos isso: pedacinhos de histórias que vão sendo modificados, marcados, tragados, cuspidos, aprendendo com cada uma delas a sermos mais leves e dar importância ao que realmente interessa.
Eu dei o que pude a cada um que atravessou meu caminho e acho que tive o melhor que cada um pôde me dar também. Sim, eu sei que tive. Isso me faz muito mais consciente das coisas sobre o amor. E que amor sozinho não serve pra muita coisa, mas amor com coragem é revolucionário. Nem que seja uma revolução grande num só par de mundos -- e que eu tô louca pra experimentar!

É como aquelas coisas clichés que se fala: é pular sem rede, é apostar todas as fichas, é o grand finale da dupla que, finalmente, após tanta dificuldade, consegue vencer os obstáculos e simplesmente viver junto, como a história definitiva e ímpar do pedacinho que resta da vida de cada um.

sábado, 19 de maio de 2012

Demorou, mas chegou. :-}

DA CHEGADA DO AMOR

Sempre quis um amor que falasse
que soubesse o que sentisse.

Sempre quis um amor que elaborasse
Que quando dormisse ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo no clarão do amanhecer.


Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse. 

Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.

Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.

Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.

Sempre quis um amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita o embrulho
e a outra metade é o futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar o desenho do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.

Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulta
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.

Sem senãos.
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.

Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.

Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse. 

Ah, eu sempre quis um amor que amasse.



[Poesia linda de Elisa Lucinda]

quarta-feira, 28 de março de 2012

Aguenta firme aí só mais um pouco


É saudade em estado bruto.
Violenta, quente, forte, cortante, arrebatadora.
Definitivamente, saudade.
Em todas as suas formas... líquida, cinza, quase palpável.
Lenta, indiscreta, insolúvel.
Quase seca, quase branda, quase toda.

"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar"Rubem Alves

quinta-feira, 22 de março de 2012

É isso!


Condição de entrega
Acaba de ser revelado o que uma mulher quer e que Freud nunca descobriu. Ela quer uma relação amorosa equilibrada onde haja romance, surpresa, renovação, confiança, proteção e, sobretudo, condições de entrega. É com essa frase objetiva e certeira que Ney Amaral abre seu livro Cartas a uma Mulher Carente, um texto suave que corria o risco de soar meio paternalista, como sugeria o título, mas não. É apenas suave.
Romance, surpresa etc, não chegam a ser novidade em termos de pré-requisitos para um amor ideal, supondo que amor ideal exista, mas "condição de entrega" me fez erguer o músculo que fica bem em cima da sobrancelha, aquele que faz com que a gente ganhe um ar intrigado, como se tivesse escutado pela primeira vez algo que merece mais atenção.
Mesmo havendo amor e desejo, muitas relações não se sustentam, e fica a pergunta atazanando dentro: por quê? O casal se gosta tanto, o que os impede de manter uma relação estável, divertida e sem tanta neura?
Condição de entrega: se não existir, a relação tampouco existirá pra valer. Será apenas um simulacro, uma tentativa, uma insistência.
Essa condição de entrega vai além da confiança. Você pode ter certeza de que ele é uma pessoa honesta, de que falou a verdade sobre aquele sábado em que não atendeu ao telefone, de que ele realmente chegará na hora que combinou. Mas isso não é tudo. Pra ser mais incômoda: isso não é nada.
A condição de entrega se dá quando não há competitividade, quando o casal não disputa a razão, quando as conversas não têm como fim celebrar a vitória de um sobre o outro. A condição de entrega se dá quando ambos jogam no mesmo time, apenas com estilos diferentes. Um pode ser mais rápido, outro mais lento, um mais aberto, outro mais fechado: posições opostas, mas vestem a mesma camisa.
A condição de entrega se dá quando se sabe que não haverá julgamento sumário. Diga o que disser, o outro não usará suas palavras contra você. Ele pode não concordar com suas ideias, mas jamais desconfiará da sua integridade, não debochará da sua conduta e não rirá do que não for engraçado.
É quando você não precisa fingir que não pensa o que, no fundo, pensa. Nem fingir que não sente o que, na verdade, sente.
Havendo condição de entrega, então, a relação durará para sempre? Sei lá. Pode acabar. Talvez vá. Mas acabará porque o desejo minguou, o amor virou amizade, os dois se distanciaram, algo por aí. Enquanto juntos, houve entrega. Nenhum dos dois sonegou uma parte de si.
Quando não há condição de entrega, pode-se arrastar, prolongar, tentar um amor pra sempre. Mas era você mesmo que estava nessa relação?
Condição de entrega é dar um triplo mortal intuindo que há uma rede lá embaixo, mesmo que todos saibamos que não existe rede pro amor. Mas a sensação da existência dela basta.

- Martha Medeiros -

terça-feira, 20 de março de 2012

Desconfundindo para con-fundir

Mas que outro motivo haveria de ser, meu deus? Dãããã!!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Con-Fusão

Não quero que ele não queira, mas quero que ele queira pelo motivo certo, seja quando for.
É isso.

Beautiful Boyfrench

Quando a minha preocupação com o monstrengo da burocracia começa a querer ser maior que a minha alegria, ele logo me lembra o motivo disso tudo e então é impossível não sorrir e ser feliz de novo.
Com ele é assim: quanto maior a convivência, mais o meu olho brilha -- mais eu amo, mais eu quero.
Onde isso vai parar, meudeus? : ]
(não, não precisa parar nunca, por favor! rs)

domingo, 11 de março de 2012

Cama, mesa e ...

Definitivamente são os detalhes que me encantam.
Há muitos preparativos a serem pensados nessa nova fase, mas agora eu só consigo pensar nas toalhas  penduradas lado a lado no banheiro - toalhas que escolheremos juntos em Istambul, oun! :-}

sexta-feira, 2 de março de 2012

Um brand new ciclo

Ausência de coragem encolhe infinitamente minha admiração, enquanto que coragem e determinação só confirmam um dos adoráveis motivos pelos quais esse sorriso é mesmo inescapável.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Cada amor, um mundo

O que sai de mim cada vez que amo? 
O que em mim acontece quando me deparo com a dor que não é mais minha, mas que pela força do olhar que me fita quer morar em mim? 
Eu me transformo em outros? Eu vivo para saber. O que do outro recebo leva tempo para ser decifrado. O que sei é que a vida me afeta com seu poder de vivência. Empurra-me para reações inusitadas, tão cheias de sentidos ocultos. Cultivo em mim o acúmulo de muitos mundos. Anseio pelo dia em que possa, finalmente, fincar minha bandeira em um, e me espalhar languidamente, com a felicidade que só um coração que ama e é correspondido sabe sentir. 


"You're changing in your heart, but you know who you are." 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Do amor-presente

É um amor tão grande que nem me assusta, só me contenta.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Le blueberries kiss


Finalmente, depois de muitos emails e alguns momentos juntos, misturados com família e amigos, estávamos os dois a sós, ufa!
Finalmente podemos falar de pessoalidades e experiências (se olhando nos olhos nos minutos de coragem), sem ninguém mais pra dividir a atenção.
Finalmente foi possível avaliar melhor que sim, o lugar onde mais queríamos estar era ali, um do lado do outro, como já estava bem nítido desde a noite anterior.
Após aquela despretensiosa conversa regada a petiscos e caipirinhas, só precisávamos encontrar um jeito de concretizar a vontade de ambos. O samba foi o argumento perfeito, muito bem utilizado por ele. Sentir aqueles braços fortes envolvendo meu corpo pela primeira vez foi de uma doce sensação ímpar! Retribuí aquele abraço bom, sob o pretexto da música, coração disparado, o deslizar das mãos, os dois pensando se o beijo, já tão esperado, finalmente aconteceria, e foi quando o tempo do mundo inteiro ficou mais lento naquele salão por alguns bons minutos, o tempo de 2 ou 3 músicas, que foi quando então o ouvi dizer que estávamos mudando o ritmo da dança, os dois se dando conta da felicidade que era estarmos enroscados um no outro, quando precisei levantar a cabeça já tão confortavelmente encaixada naquele pescoço pra, sentindo sua respiração, tentar ouvir o que ele havia dito, porém, o que ele tinha a dizer, jamais o conseguiria fazê-lo com palavras! 

Aquele primeiro beijo e toda a avalanche de carinho que se seguiu a ele tornou tudo magicamente mais leve. Tudo. A partir daquele instante o gelo havia sido quebrado e nós, enfim, poderíamos ser "quem" ou "o quê" queríamos ser um para o outro - nada além de nós mesmos. Foi formidável perceber o encaixe tão direitinho dos corpos que dançavam pela 1a vez como se já fizessem aquilo juntos há muito tempo. Momentos assim merecem este registro das impressões enquanto fresquinhas, já que memória é uma coisa traiçoeira e é bom que tenhamos uma fotografia escrita pra poder voltar àquele salão sempre que der vontade, bem como pra lembrar de preservar a leveza - e a beleza - do ritmo da vida, embalada num sabor de primeiro beijo. 

sábado, 21 de janeiro de 2012

Manual da boa auto-estima

Deixar acontecer e crescer à medida em que se é correspondido; se sentir que existe algo que estanca do lado de lá, começar a frear do lado daqui.
Resumindo: só soltar a corda quando acreditar que a recíproca é verdadeira. Se eu me entrego é porque acredito. Quem mais eu quero é quem bem me quer.

[Porque eu acho engraçado quando ele me pede pra acreditar no que ele sente, como se não fosse nítido pra mim desde o início. Como se eu pudesse me jogar assim, desse jeito intenso, em algo nebuloso. Nope!]   

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Enquanto espero

Saudade mata?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

The man i love

Someday he'll come along
the man i love
and he'll be big and strong
the man i love
and when he comes my way
i'll do my best
to make him stay


(...)


Such a beautiful song of hope that was not causing any effect in me lately. But now... now "i'll do my best to make him stay" makes all the sense. The best part is that it seems he wants to. And just for that i get touched and love even more the man i love. 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Soundtracks

Antes era assim:
"Por você eu tenho medo de me apaixonar; eu tenho medo de não me apaixonar."

Agora é: 
"Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval!"

E ainda estamos em janeiro.

domingo, 8 de janeiro de 2012

He has a Drim. She has a Sim.


Depois que passa, eu rio das minhas intempestividades. É bom ir conhecendo e se mostrando aos poucos, nas diferentes e comezinhas situações do cotidiano. É bom descobrir que sim, ele é mesmo tudo que eu pensava que era, e, mesmo se não for, o amor já é tão grande que sim, eu vou amá-lo mesmo assim porque amor não vem com garantia estendida contra defeitos. 
Sim, eu tô mesmo muito apaixonada porque, Sim, eu já sei onde sou mais feliz: being your Dri-m.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

06/01 - Dia de Reis

Isso deve explicar toda a revolução no seu reino.  

Desacreditada na existência de reis em seu reino, àquela altura, já desencantado, eis que se encanta novamente. Encanta-se por aquele sorriso tímido, um olhar meio verde, meio azul, o qual suspeitava trazer marcas parecidas com as suas; mãos vigorosas nos braços másculos de alguém que ainda procura pela lua no céu e se sente à vontade pra com ela dançar em qualquer espaço - e eles dançavam e dançavam porque a alegria daquele encontro precisava transbordar. 
Veio o inevitável distanciamento, mas sabem que o fato de terem despertado pro que há de melhor um no outro faz com que se doem e se entreguem a essa felicidade de dois perdidamente sortudos por se pertencerem agora. Mesmo que algum dia, passada a euforia, os dois reinos resolvam seguir em seus longínquos limites, levarão a leveza e a doçura que experimentaram em forma de abraço, do calor que vem de fora. E de dentro. E dos olhos. 

domingo, 1 de janeiro de 2012

That's what relationships are for

"Todo casal do mundo tem o potencial de se tornar, com o tempo, um pequeno país isolado com dois habitantes, criando uma cultura própria, uma linguagem própria, um código moral próprio do qual mais ninguém pode participar."

Eu chamo isso de cumplicidade.


[Trecho do livro "Comprometida", citado abaixo.]

Comprometida

Apesar de me sentir assim no atual momento, este post não é sobre mim, mas sobre o livro da Liz (Elizabeth Gilbert), cujo título e capa eu nem gosto porque acho que muita gente nem consegue imaginar a profundidade analítica e, ao mesmo tempo, leve do livro ao enxergá-lo na prateleira de uma livraria. Gosto mais do título original Committed: a Skeptic Makes Peace with Marriage.

Quem me conhece sabe o quanto me identifico com essa autora, uma jornalista cética sobre muitas coisas, que ama viajar e que tomou a corajosa decisão de não querer filhos numa sociedade que cobra constantemente o típico papel reprodutor feminino. Até que ponto eu conseguiria manter essa minha decisão se um dia essa questão fosse trazida seriamente à tona por alguém que se candidatasse ao cargo de "o homem da minha vida" eu sinceramente não sei, já que é fácil manter opiniões quando a sua vida não é dividida com mais ninguém. Fato é que o livro nos coloca frente a outros modelos de convivência os quais ampliam nossos paradigmas sobre relacionamento, traição e concessões, tenta desmistificar a temerosa instituição do casamento com muita informação (estatística até!) sem perder o humor e a compaixão.

Leitura obrigatória àqueles que pensam em passar noites e noites dormindo de conchinha com uma pessoa só. Eu gostei. :)