domingo, 22 de janeiro de 2012

Le blueberries kiss


Finalmente, depois de muitos emails e alguns momentos juntos, misturados com família e amigos, estávamos os dois a sós, ufa!
Finalmente podemos falar de pessoalidades e experiências (se olhando nos olhos nos minutos de coragem), sem ninguém mais pra dividir a atenção.
Finalmente foi possível avaliar melhor que sim, o lugar onde mais queríamos estar era ali, um do lado do outro, como já estava bem nítido desde a noite anterior.
Após aquela despretensiosa conversa regada a petiscos e caipirinhas, só precisávamos encontrar um jeito de concretizar a vontade de ambos. O samba foi o argumento perfeito, muito bem utilizado por ele. Sentir aqueles braços fortes envolvendo meu corpo pela primeira vez foi de uma doce sensação ímpar! Retribuí aquele abraço bom, sob o pretexto da música, coração disparado, o deslizar das mãos, os dois pensando se o beijo, já tão esperado, finalmente aconteceria, e foi quando o tempo do mundo inteiro ficou mais lento naquele salão por alguns bons minutos, o tempo de 2 ou 3 músicas, que foi quando então o ouvi dizer que estávamos mudando o ritmo da dança, os dois se dando conta da felicidade que era estarmos enroscados um no outro, quando precisei levantar a cabeça já tão confortavelmente encaixada naquele pescoço pra, sentindo sua respiração, tentar ouvir o que ele havia dito, porém, o que ele tinha a dizer, jamais o conseguiria fazê-lo com palavras! 

Aquele primeiro beijo e toda a avalanche de carinho que se seguiu a ele tornou tudo magicamente mais leve. Tudo. A partir daquele instante o gelo havia sido quebrado e nós, enfim, poderíamos ser "quem" ou "o quê" queríamos ser um para o outro - nada além de nós mesmos. Foi formidável perceber o encaixe tão direitinho dos corpos que dançavam pela 1a vez como se já fizessem aquilo juntos há muito tempo. Momentos assim merecem este registro das impressões enquanto fresquinhas, já que memória é uma coisa traiçoeira e é bom que tenhamos uma fotografia escrita pra poder voltar àquele salão sempre que der vontade, bem como pra lembrar de preservar a leveza - e a beleza - do ritmo da vida, embalada num sabor de primeiro beijo. 

sábado, 21 de janeiro de 2012

Manual da boa auto-estima

Deixar acontecer e crescer à medida em que se é correspondido; se sentir que existe algo que estanca do lado de lá, começar a frear do lado daqui.
Resumindo: só soltar a corda quando acreditar que a recíproca é verdadeira. Se eu me entrego é porque acredito. Quem mais eu quero é quem bem me quer.

[Porque eu acho engraçado quando ele me pede pra acreditar no que ele sente, como se não fosse nítido pra mim desde o início. Como se eu pudesse me jogar assim, desse jeito intenso, em algo nebuloso. Nope!]   

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Enquanto espero

Saudade mata?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

The man i love

Someday he'll come along
the man i love
and he'll be big and strong
the man i love
and when he comes my way
i'll do my best
to make him stay


(...)


Such a beautiful song of hope that was not causing any effect in me lately. But now... now "i'll do my best to make him stay" makes all the sense. The best part is that it seems he wants to. And just for that i get touched and love even more the man i love. 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Soundtracks

Antes era assim:
"Por você eu tenho medo de me apaixonar; eu tenho medo de não me apaixonar."

Agora é: 
"Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval!"

E ainda estamos em janeiro.

domingo, 8 de janeiro de 2012

He has a Drim. She has a Sim.


Depois que passa, eu rio das minhas intempestividades. É bom ir conhecendo e se mostrando aos poucos, nas diferentes e comezinhas situações do cotidiano. É bom descobrir que sim, ele é mesmo tudo que eu pensava que era, e, mesmo se não for, o amor já é tão grande que sim, eu vou amá-lo mesmo assim porque amor não vem com garantia estendida contra defeitos. 
Sim, eu tô mesmo muito apaixonada porque, Sim, eu já sei onde sou mais feliz: being your Dri-m.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

06/01 - Dia de Reis

Isso deve explicar toda a revolução no seu reino.  

Desacreditada na existência de reis em seu reino, àquela altura, já desencantado, eis que se encanta novamente. Encanta-se por aquele sorriso tímido, um olhar meio verde, meio azul, o qual suspeitava trazer marcas parecidas com as suas; mãos vigorosas nos braços másculos de alguém que ainda procura pela lua no céu e se sente à vontade pra com ela dançar em qualquer espaço - e eles dançavam e dançavam porque a alegria daquele encontro precisava transbordar. 
Veio o inevitável distanciamento, mas sabem que o fato de terem despertado pro que há de melhor um no outro faz com que se doem e se entreguem a essa felicidade de dois perdidamente sortudos por se pertencerem agora. Mesmo que algum dia, passada a euforia, os dois reinos resolvam seguir em seus longínquos limites, levarão a leveza e a doçura que experimentaram em forma de abraço, do calor que vem de fora. E de dentro. E dos olhos. 

domingo, 1 de janeiro de 2012

That's what relationships are for

"Todo casal do mundo tem o potencial de se tornar, com o tempo, um pequeno país isolado com dois habitantes, criando uma cultura própria, uma linguagem própria, um código moral próprio do qual mais ninguém pode participar."

Eu chamo isso de cumplicidade.


[Trecho do livro "Comprometida", citado abaixo.]

Comprometida

Apesar de me sentir assim no atual momento, este post não é sobre mim, mas sobre o livro da Liz (Elizabeth Gilbert), cujo título e capa eu nem gosto porque acho que muita gente nem consegue imaginar a profundidade analítica e, ao mesmo tempo, leve do livro ao enxergá-lo na prateleira de uma livraria. Gosto mais do título original Committed: a Skeptic Makes Peace with Marriage.

Quem me conhece sabe o quanto me identifico com essa autora, uma jornalista cética sobre muitas coisas, que ama viajar e que tomou a corajosa decisão de não querer filhos numa sociedade que cobra constantemente o típico papel reprodutor feminino. Até que ponto eu conseguiria manter essa minha decisão se um dia essa questão fosse trazida seriamente à tona por alguém que se candidatasse ao cargo de "o homem da minha vida" eu sinceramente não sei, já que é fácil manter opiniões quando a sua vida não é dividida com mais ninguém. Fato é que o livro nos coloca frente a outros modelos de convivência os quais ampliam nossos paradigmas sobre relacionamento, traição e concessões, tenta desmistificar a temerosa instituição do casamento com muita informação (estatística até!) sem perder o humor e a compaixão.

Leitura obrigatória àqueles que pensam em passar noites e noites dormindo de conchinha com uma pessoa só. Eu gostei. :)