terça-feira, 7 de dezembro de 2010

2010

Esse ano tem sido tão generoso comigo que dá até pena de ver acabar.
Tenho uma preferência boba por anos pares, mas vou trabalhar pra que 2011 não fique atrás. Pelos meus cálculos e projetos, não ficará!
A felicidade bateu na minha porta e eu quero é mais!

domingo, 28 de novembro de 2010

Paraíso

É um estado de espírito.
É a emoção de se entregar, de parar de negar e não mais resistir;
É construir uma história muito da sua imperfeita e, ainda assim, saber tirar o melhor de si e do outro;
É olhar dentro dos olhos e descobrir seu lugar - e deixar a emoção fluir;
É querer caminhar junto, independente da estrada.
Paraíso é qualquer lugar com quem me faz voar.
Inferno é a urgência da paixão.

Inteligência é saber administrar.

domingo, 21 de novembro de 2010

Explicável

Quando alguém tem todos os motivos para que a ansiedade se instale, mas esse mesmo principal motivo é o que acalma.
Felicidade é isso: serenidade.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Em trânsito

Ele se foi e eu ainda estou em Amsterdam, com seus cisnes, prostitutas na janela e bicicletas. Daqui a pouco eu parto tb, em direção à capital belga, carregando sozinha a bagagem que tenho até aqui. Lembrar e valorizar tudo que a vida me dá tem sido uma constante por perdê-los num espaço bem curto de tempo. Surpreeender-me com o que me foi oferecido e com o que eu conquistei vale a pena, mesmo que partam em seguida, e sejamos jogados na transitoriedade de novo e de novo. É um exercício constante de desapego isso, uff! E sigo o caminho fabricando mais memórias.


"Tempo, tempo, tempo...e qdo eu tiver saído para fora do seu círculo não serei, nem terás sido... ainda assim acredito ser possível reunirmo-nos num outro nível de vínculo..."
[Oração ao Tempo - Caetano Veloso, cantada por Djavan]

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ironia

Constatado: a liberdade os une. Simples assim.
E por mais torto que pareça, esse é um caminho encantado.
Quem disse que o bonito há de ser sempre convencional?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cada cidade, uma sentença

Com o clima de Marabá não dá pra odiar banho de água fria. Mergulho feliz. E ainda mais com tanta gente de alma boa que tenho a sorte de encontrar nessa cidade, onde o trabalho é maior, mas eu nem me importo: mergulho feliz do mesmo jeito.
A ansiedade é que é grande pras mil e uma conexões de voos que precisarei fazer no próximo fds, com direito a almoço com meu irmãozinho na cidade maravilhosa do meu coração + outras cidades e pessoas incríveis - e os meus olhos ficam sorrindo!
Tem tanto por vir e essa sensação é que é o bom da vida. Excitment!

domingo, 17 de outubro de 2010

O bom combate

"Há muita dor nisso de ser jogado numa existência amesquinhada, sem saída e quase animal, mas com a consciência humana para perceber sua condição."
"Uma vida inventada" - Maitê Proença.
............
De certa forma, sempre combati essa mesquinhez, essa pequenez cotidiana pela qual muitos se deixam engolir. O mundo sempre me pareceu uma porta entreaberta, com um charmoso letreiro em neon dando boas-vindas, ávido por mostrar que aquele padrão que conhecemos era só um em mil, e que quanto mais o nosso horizonte se amplia com diversos referenciais, mais nos faz desenvolver o racionalismo e o desapego àquilo que muitos não ousam questionar.
Esse espírito livre de modelos convencionais foi o que encontrei no livro da Maitê, que foi uma grata surpresa pelo refinamento na escrita, particularmente ao relatar o nascimento da filha, com tanto pragmatismo e poesia, coisas dificílimas de caminharem juntas. Gostei muito.

domingo, 10 de outubro de 2010

Pedido mutante

Um brand new romance com alguma perspectiva de continuidade? Talvez seja o pedido ao soprar as velhinhas. Ao fundo tocando “não amo ninguém e é só amor que eu respiro”. Ou não. Talvez esteja tocando: "love me two times, i'm gonna away".

Na estrada

Abro os vidros até o fim para sentir a brisa quando passo na ponte sobre o rio que mais parece um mar.

10/10

Deve ser por isso que sempre simpatizei com 11/11, 12/12...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O querer

Clarice resume bem uma das conclusões do clube da Luluzinha que rolou agora à noite, enquanto uma tentava esquecer da coceira das bolhas de catapora:

Ocorreu-lhe que, ao falar com ele, poderia sem querer deixar escapar o que ela era, e o homem então perceberia quanto ela precisava dele, e por isso não a quereria mais, como acontece com as pessoas.
(...)

E arremata lindamente:

Era um labor de infinita cautela, onde um passo mais e o homem jamais a amaria, onde um passo a mais e ela mesma talvez deixasse de amá-lo: ela protegia ambos contra o erro. E às vezes mais parecia proteger ambos contra a verdade.

[A maçã no escuro - Lispector]

domingo, 26 de setembro de 2010

Pequenez

Sempre que me (re)deparo com coisas tão macros é inevitável essa sensação.
É bom estar de volta ao foco evolutivo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ah, bruta flor do querer

"De repente chega o desejo e estraga tudo."

Gonçalo foi preciso e enxuto. O desejo às vezes traumatiza, mas eu nunca tive medo mesmo. Dúvidas, sim; medo, não. Mas até que ponto a dúvida não é gerada por um medinho escondido, inadmitido? Ou será que a ordem é inversa: se eu começo a duvidar, ele aparece? Melhor mesmo não pensar.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A vida é isso

O dia começou com um gesto de gratidão, seguiu com um "não" dolorido, mas que logo arrumei, foi em frente com a concretização de planos mirabolantes na contra-mão e a noite caiu com um hálito de champagne, que me deixou leve... e mais planos, e mais sonhos. E mais amigos cogitando a ideia de serem meus travelmates na minha próxima aventura em terras distantes - breve.
Cada dia mais eu me convenço do peso de um rótulo. Cada dia mais eu tenho certeza de que seria menos que poeira cósmica sem os meus amigos, os de longe, os de perto, os que se fazem tão presentes e participativos que mereciam um prêmio, mas acho que já têm. Amor.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Para Francisco

Voltei pra casa feliz da vida com Cristiana Guerra, Martha Medeiros e Elizabeth Gilbert na minha sacolinha amarela da Saraiva.
Impressionante como a leitura nos faz sentir íntimas de quem escreve as histórias. Em particular quando já se lia os escritos antes de serem lançados em livro. Senti uma emoção tão grande quando vi aquele livrinho de capa branca, singela, despretensiosa, com o título já tão familiar "para Francisco" e então pude finalmente folhear as páginas de uma história que eu já conhecia através de uma amiga mineira que quis me mostrar o quão pequena era a minha dor perto da que ela, Cristiana, vivia à época. Raquel teve sensibilidade suficiente para saber que, de certa forma, aquilo me aliviaria a alma, pois era tanta delicadeza que a sua imensurável dor emanava, que, no mínimo, deixaria minha tristeza mais bonita. Engraçado é que nunca, nem eu, nem essa amiga, conseguimos comentar nada no blog, apesar de leitoras assíduas. Comentou comigo uma vez algo como: "ai, Dri, é tão íntimo que eu quase sinto vergonha de ler". Do meu lado, nunca senti vergonha, só uma gigante empatia por se tratarem de histórias comuns, contadas de um jeito inteligentemente poético.
Obrigada, Raquel (de quem eu também adoro ler os escritos).
Parabéns, Cristiana.

sábado, 28 de agosto de 2010

Madurando el healthy selfish

...aunque sea "despacito"!
Que palavra mais bonitinha! Eu me nutro da nossa salada de idiomas, pena não tê-lo mais ao lado pra apertar o botão switch, rs.
Só sei que é tão bonita a alegria dele com os meus progressos que dá vontade de progredir um monte só pra vê-lo se derramar de entusiamo, and i will!

Despacito y siempre! :)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

It is been you, it is been us

- Tu has sido demasiado importante para mi y lo eres
así que no te vas a deshacer de mi tan facilmente
(...)
- even better that LOVE, BIGGER THAN THAT
- wow, does it exist?!?
- yes, the fact of knowing that I am here, with you, anytime you need me during the rest of my life and the fact of knowing that I have you as well with no dependencies, just true LOVE
(...)
- I am confident that we will be able to meet occasionally :)
(...)
- you were amazing, so beautiful every night in Goreme in the boat after dinner with such a nice smell
(...)
- my ego is flying with the balloons
(...)
- BONA NIT

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O luto de cada um

Não sei se você também, às vezes, percebe isso: de repente, um assunto qualquer, que não costuma ser discutido, invade a mídia, coincidentemente ou não. Pois aconteceu de novo. Na semana passada, li umas três matérias diferentes sobre o tempo que se leva pra "curar" um amor terminado. E em todas elas o diagnóstico era praticamente igual: de três a seis meses é o tempo considerado normal. Se depois de um ano de rompimento o sofrimento persistir, passa a ser patologia.

Se eu entendi bem, passados 180 dias de ausência daquele que a gente ama, o natural é que a gente comece a se interessar por outras pessoas e deixe de sentir dor. Em 180 dias, no máximo, você tem que chorar toda a sua perda, processar todo o seu pesar, racionalizar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Seis meses. É o prazo limite, se você tiver uma cabeça saudável.

Li, compreendi, achei sensato e confortante, mas não serve pra mim. Sou da raça das patológicas.

Nas poucas vezes em que vivi um trauma de amor, eu extrapolei o prazo dado pelas matérias de revista. Nunca me enfurnei em casa, nunca neguei o chamado da vida, fui à luta e segui vivendo, mas a dor era companheira de jornada, eu curtia um luto branco, que não aparecia para os outros, mas era sagrado pra mim e durava o tempo que eu permitia.

Talvez fosse mais honesto dizer que até hoje sofro todas as minhas perdas. Isso parece doença porque a maioria das pessoas acha que sofrer significa encharcar travesseiros e fechar-se pra vida. Sofrer e ser feliz não precisam ser incompatíveis. No meu caso, não é. Sou uma mulher privilegiada, trago as emoções e a cabeça em ordem, mas não esqueço de nada nem de ninguém. Eu me lembro de tudo. Eu valorizo tudo. Eu reverencio todos os meus grandes momentos partilhados. Eu os reconheço como legítimos e insubstituíveis, e os homenageio com minha saudade. E ai de quem me disser que isso tem data pra acabar.

- Martha Medeiros -

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Take the sweet side, please

If only she was not too romantic and could mislead the bitter one. The best and the worst thing in life is the love - in a wide way.

Cecília Meireles

O meu amor não tem
importância nenhuma.
Não tem o peso nem
de uma rosa de espuma!

Desfolha-se por quem?
Para quem se perfuma?

O meu amor não tem
importância nenhuma.

domingo, 22 de agosto de 2010

Pesar

Coisa mais triste é admitir não conseguir carregar o peso de uma história tão bonita quanto complicada; admitir a perda da alegria característica quando se está com alguém. É uma pequena morte.

Los ojos hablan

“Una persona puede cambiar de nombre, de calle, de cara, pero hay una cosa que no puede cambiar: no puede cambiar de pasión.”

Essa frase, sem dúvida, é um ícone de "O segredo de seus olhos", mas existem tantas outras coisas naquele filme marcante, que consegue ser leve e denso - sobretudo forte - que fez com que muitas pessoas, ao acender das luzes, precisassem de tempo pra se refazer. Me fez pensar, entre essas outras coisas, sobre o embotamento da memória. Lembranças que antes eram tão vivas, e que vão desbotando com o tempo, até se perderem quase por completo, restando (se restar) apenas uma espécie de vestígio de silhoueta dos fatos, o que só ratifica que, na ausência de diálogo dos olhos, tudo passa, até as memórias.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Missing a lot

Doy doy - Ayran - Iskender - Narguilê - Hamam (so wonderful!) - Goreme - The Sato Cave - Kebaps - Baklava - Dondurma - Pide - Bombón del tiempo - Lemon pepper sueca - Helado de tiramisu - Paella negra - Granizado de limón - Playa de Pinedo - toasts - and even the beep of the dishwasher.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mário Quintana

O amor é quando a gente mora um no outro.

sábado, 14 de agosto de 2010

I wanna snork with you

Eu me sentia a própria Lois Lane voando em companhia do Superman, de mãos dadas, uma das melhores sensações in life! Acordar e ter a única preocupação se a água do mar, naquele pedaço onde o barco atracou, está muito fria ou não - e quase sempre estava perfeita.
Tava pensando... espero que a banda do meu brinco de ouro de estimação e a tornozeleira de prata que o Mediterrâneo se apossou dê mais resultado que a moedinha jogada na Fontana de Trevi - viajar vicia muito!

Tudo turvo

Okay, os livros não conseguem aquietar meu coração inquieto.
Conversas em suspenso e sem prazo de quando poderão acontecer me maltratam, prejudicando meu poder de concentração, que já é bem ruinzinho. Não sei de quem é o egoísmo, mas isso pouco importa. Não sei porque eu sinto o que sinto se, quando racionalizo, encontro uma resposta. Porém existe um pulsar estranho, irracional, que ainda não entendi bem o que é.
Uma coisa que tenho gosto é por definições, diálogos, mesmo que não tenha em mente exatamente o que definir. Mas a superficialidade, definitivamente, me faz mal. Sinto que preciso me cercar de pessoas leves e com senso de humor - meus amigos amados - mas não posso abandonar os livros a essa altura do campeonato: culpa. Aff.
Lembrar de vir menos ansiosa na próxima vida.
Lembrar que os livros significam vida nova, mudança de cidade, coisa que eu tanto preciso e quero, do fundo do meu confuso coraçãozinho.
Now back to the books, baby, because the book is on the table, rs.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quatro paredes. E a lua.

"Imensidão, deserto, o teu lado da cama desocupado, como uma casa sem dono mas que ninguém ousa colocar à venda, uma terra aparentemente de ninguém mas que é a terra de um só, a terra com dono definido, tão definido que jamais estará à venda – uma casa que por mais deteriorada que esteja será sempre o lar onde vivo: o lar onde sou."

Pedro Chagas Freitas

domingo, 8 de agosto de 2010

Elegância

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo.
É elegante a gentileza.
Atitudes gentis, falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém é muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar é muito elegante.
Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma.
Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação,
Mas tentar imitá-la é improdutivo.

Martha Medeiros.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Reflex[i]o[ne]s


Ele se via muito mais nos olhos dela do que ela nos dele.
Quem sabe dizer o que isso reflete?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Felicidade vermelha

Hoje é um dia feliz, apesar das tristezas.

Pensando bem, esse negócio de tristeza é muito deprê, bah.

Emoção

TIEMPO Y ESPACIO DEL AMOR

Ah cuánta es la alegría
de que estemos los dos rodeados de luz
y frente al mar, y reposar los cuerpos
en el abrazo estrecho de la noche,
y sentir que nos ata el mismo día.

Mas pronto, y aunque al mundo lo cobije
(y en él, a ti y a mí) un mismo tiempo,
real para tus ojos y los míos,
tú andarás por tus calles sin yo estar
y yo caminaré sin ti las mías. Lejanos,
nos poblará el recuerdo del amor,
me llegará en el sueño tu mágica visita,
y aún te amaré más. Hasta un día en que mueras,
o yo me muera, o muramos los dos,
y así será, aunque sigamos vivos.

"El otoño de las rosas" - Francisco Brines

[Meu mais novo livro de cabeceira.]

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Back to Brazil

É voltar a ter gelo na bebida e sanduíche quente no serviço de bordo. Lovely.

sábado, 26 de junho de 2010

Luigi Pirandello

"You will never know what your words become inside me, and I will never be able to explain it either. It's not like you were speaking Turkish or something. The two of us, you and I, were using the same language, the same words. But is it our fault, yours and mine, if the words themselves are empty? Empty, my friend. And you put your meaning into them when you say them to me, but when I hear them, I cannot do otherwise than put my own meaning into them. We thought we understood each other perfectly: but neither of us has understood anything of what the other was saying."

quinta-feira, 24 de junho de 2010

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Varal de borboletras

"O amor faz esquecer a idade. A idade é que não faz esquecer o amor."

Carlos Ayres Britto - lírico ministro do STF. :)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Translúcida

Adj. Diz-se dos corpos que deixam passar a luz, mas através dos quais não se vê os objetos com nitidez; diáfano.
Essa era a palavra, dita com uma cumplicidade assustadora. Será que falta pouco pra eu morrer? Como eu sinto falta de alguém que me ouça falar dos meus sonhos e se ria deles junto comigo. Mas agora o que eu mais queria era alguém que entendesse a minha revolta, essa aqui dentro, nesse instante, que me faz desabafar nesse que tem sido um canal de mim pra mim mesma, pra que eu me enxergue um pouco mais pra além de mim, na ausência de outro que me espelhe. Ter que vivenciar sozinha tudo de bom e de mau é o que mais me oprime. Que graça tem minhas mutações, amadurecimento, descobertas, visceralidades, fracassos, sem ninguém que os aponte, os reconheça, comemore comigo, me lembre de respirar fundo ou me enxugue as lágrimas de um sonho ruim? Modernamente independente sim, mas com direito a mumunhas*!
A vida aos pares é muito mais cheia de luz.
*Eu, vc, nós dois, já temos um passado, meu amor, um violão guardado, aquela flor, e outras mumunhas mais - Caetano.

domingo, 13 de junho de 2010

12 de junho

É muito a minha cara passar a noite do dia dos namorados assistindo um filme com a Meg Ryan tendo um final feliz com um duque de 1876 em Manhatan (ah, como eu amo essa ilha!), comendo uma tortinha deliciosa de limão.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Amor

Tanto tempo sem ser tão honestamente sincera com ela que, mesmo sem que aquela palavrinha saísse de seus lábios, ainda a emocionava. É assustador ver que o poder dela continua intacto, mas é melhor falar baixinho pra que ela não se saiba tão poderosa (a palavra). Não acorde o gigante. Abraçar pode; acordar, não.

sábado, 5 de junho de 2010

Chico tinha razão

Talvez Clarice se perguntasse se um abraço de amor testemunhado pela morte finalmente teria selado seu fim.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Xará

Coisa rara é ouvir um cd inteirinho sem pular nenhuma faixa.

Maré é assim, gostoso de ouvir como o barulho do mar. :)

domingo, 16 de maio de 2010

Noti[ci]ng

[Descoberta de hoje: Wassily Kandinsky - lindo não é?]

Notava coisas nela que ela mesma até então só desconfiava, mas nunca tinha conceituado ou parado pra pensar como uma certeza. Ouvir dele aquelas afirmações a seu respeito era sempre revelador, porque há muito esquecera-se como era ter alguém que prestasse atenção nela e em seu mundo inteiro de pequenas coisas.

Assim aconteceu com as cores, assim aconteceu com a taça de vinho no jantar de despedida, e assim ainda há muito o que acontecer.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Música para os meus ouvidos

the world is open
we are free
=D

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sweetness

- I can not stop thinking how sweet you can be.

And i can't believe we'll be together again!

[Happiness]

terça-feira, 20 de abril de 2010

Maltratos da lembrança

É quando a gente dá de cara com ela meio que acidentalmente e a descobre tão viva que acaba por nos matar a micro alegria do dia.
Por isso que eu só posso me permitir lembrar de respirar, ter mais calma, menos impaciência e olhar pra frente, como uma pessoa serena que passa ao largo do mar de inquietações.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ah, o amor

E do alto de seu castelo de algodão pensava que talvez o amor seja só uma amostra grátis que a vida dá pra que não desistamos de perseguir seu rastro, já que é muito triste pensar que amor, na verdade, é uma coisa nostálgica que mora uma dimensão acima das dores e paira sobre nossas cabeças, inatingível.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Crescemos

A que distância estamos do que pensávamos que seríamos hoje?
Quanto estamos dispostos a fazer?
São as perguntas que rondam o tempo de agora. As certezas ficaram para trás, junto com a menininha que era sempre a mais nova da turma. Futuro promissor? Assombração.
A que horas mesmo o futuro passa pra me pegar?
Crescemos?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Mafalda e Susanita assistindo tv

Susanita: - Olha, ela está fazendo tricô! E aí o marido entra, mas ela nem vê.

TV: - QUERIDA!! FAZENDO TRICÔ?! QUERIDA, VAMOS TER UM BEBÊ!!

Susanita: - Isso é um absurdo! Minha mãe se mata fazendo tricô e só consegue fazer pulôveres!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Para atiçar o instinto materno

Clique aqui. Depois clique em "my work" e então em "newborn".

Eu garanto: não há instinto que resista!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Nós não somos deste mundo

Para a solidão nascemos. Outras vozes
nos chamam e invocam, outros corpos
se perfilam radiosos contra a noite.
Nós não somos daqui. Num intervalo
de campanhas esquecidas nos dizemos,
abrindo o coração aos de passagem.
Mas quando a manhã chega nós partimos,
mais livre o coração, longa a viagem.

Luis Filipe Castro Mendes, in "Os Amantes Obscuros"

Opaca apatia

Eu não entendo as agressões gratuitas, sejam do tamanho que for, desde as mínimas. Ah, e isso não tem nada a ver com hiper-sensibilidade, que é coisa de gente frágil, que não é meu estado permanente. O meu estar é livre, e se alterna com os acontecimentos. Saudades de um acontecer menos efêmero, mais duradouro.

Posso dizer que sou experiente em matéria de felicidade estável, mas de uns tempos pra cá a gente só vem se perdendo e se desencontrando. Tanto que já quase nem lembro da sensação, só sei que era boa e os meus olhos brilhavam.

sábado, 13 de março de 2010

The poetry

"Poetry, you are asking me what is a Poetry,
while you put your eyes on me
Poetry is you"

[Antonio Machado - poeta sevilhano]

The question is: even if it's through a webcam? :P

quarta-feira, 10 de março de 2010

Peso extra

O meu dia começou assim:

"Dear Erica!
You are specially good at HURTING people without noticing it. (...)"

Essa frase parece ter criado vida própria só pra ficar passeando na minha cabeça. Tá me incomodando e eu não sei se sei lidar com isso.
A dor de quem eu gosto dói em mim. Mas se sou eu que provoco isso, mesmo sem querer, como estancar esse efeito duplamente nocivo, reflexo, acompanhado de uma ironia fina? O mais irônico é que as respostas talvez estejam na própria pseudo-provocação.

"Sonhos são como deuses: quando não se acredita neles, deixam de existir." - Moska

domingo, 7 de março de 2010

Afrânio Peixoto

"A injustiça é a mãe da violência."

"O otimismo é, e deve ser, o ânimo dos que combatem e aspiram ao bem comum."

"Com a idade o coração vai ficando mais exigente: deixa-se de ser liberal e quer troco."

"O filho é o nosso coração que sai para outro corpo."

"Em amor, vence quem pode e sabe esperar o último minuto. Em amor e em tudo, vence quem tem mais vontade."

"O amor é um menino que quer nascer e pede aos pais que não demorem."

sábado, 6 de março de 2010

Lo nuestro

O mundo desabando e eu toda felizinha com meus sonhos e com os planos que faço.

O que seria da vida sem perspectiva? Ao menos isso não me falta. =)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Culpa

A minha fragilidade me deixa repentinamente com os olhos banhados em pessimismo.

[A visão não é boa e estar frágil é ruim.]

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Roller coaster

I feel fragile when i expose too much my weakness and my emotions, but i can't help being loyal to it.


[If he only could knew it.]


Tired. Even Ross couldn't make me laugh tonight.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

ReMark

“Twenty years from now you will be more disappointed by the things you didn’t do than by the ones you did do. So throw off the bowlines, sail away from the safe harbor. Catch the trade winds in your sails. Explore. Dream. Discover.”

- Mark Twain -

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Blog bão de guardar segredo!

Antes de fechar de vez a janela do msn que ficou aberta, eu aproveito e colo a conversinha que agora me faz rir:
............................
raquel diz:
dri!
quanto tempo
acompanho o blog e não consigo entender se vc está feliz ou nao!
Dri diz:
hahahaha
raquel diz:
Como vão as coisas?
Dri diz:
eu acho ótimo!!
estao bem
raquel diz:
tem hora que acho que o namoro com o moço dos eua nao deu certo
outra hora acho que tá dando certo demais
Dri diz:
ah, nao deu mesmo
acabou
raquel diz:
jura?
Dri diz:
mas agora nao tá dando pra falar direito
raquel diz:
então vc achou outro?
Dri diz:
mais ou menos
heheh
raquel diz:
ta bom
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
depois vc me manda um email
estou sem msn no escritório
beijos
Dri diz:
tá bem
mando sim
desculpa n poder falar agora
bjao
.............................................................
Raquelita, mando o email assim que eu mesma conseguir entender melhor o que está acontecendo.

Pra fazer o caminho inverso

da mágoa, da falta de objetivo e da desesperança o coração precisa estar limpo, a cabeça tranquila, sem contar com a necessidade de uma força extra que o frescor dos romances recém-iniciados não exigiria. É preciso dois parceiros (no sentido mais amplo de parceria) determinados e não duas pessoas que vacilam entre o desistir e o seguir. Como saber se essa sensação de alto potencial de dano vai continuar sendo uma sombra? E até que ponto não é o gosto pelo desafio que nos faz querer? Eu quero porque não gosto de reticências; gosto de ir até o final, onde se possa colocar um ponto e/ou continuar escrevendo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Olhar o olhar de novo

E construir outra história, com os mesmos personagens, hopefully sem nenhuma mágoa e sem nenhum outro sentimento que não seja o de estar exatamente ali, com aquela pessoa, escolhida pela 2a vez, porque ninguém é obrigado a acertar de 1a.

"if for any reason we do not do it, nobody can steal from us, all this dreaming process"

But I wanna dream with my eyes opened. Hardly can wait!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

2009

Ano ímpar de paixões e liberdade única que é a sensação de comunhão com a natureza vendo aquela pequena cidade sozinha do alto da montanha, através de uma queda d'água e dali a pouco resolvendo pegar um avião, ainda com as minhas havaianas, e encontrar alguém que esteve comigo nos principais lugares do meu roteiro, que comeu acarajé em talheres de prata, que me lambuzou de argila, que dividiu danças em plena praça pública, que fez o sacrifício de viajar horas pra um destino que era meu só pra não perder meus olhos sorrindo diante do mar azul da cor do céu. E assim foi um (pré) carnaval lindo, com direito a despedida com vinho, comidinhas e luz de velas.
Porém, por mais romântico que se seja, por mais doce que sejam os momentos, não se deve fazer promessas, porque o amahã pode ser surpreendente demais e ninguém consegue controlar a força dos acontecimentos. Nunca se sabe quem parte ou quem fica. No meu caso, mesmo quando sou eu que parto, eu sou sempre a que fica.
Em 2010 só quero que a vida continue seu rumo leve e que as coisas continuem acontecendo da forma mais natural possível, sem nenhum tipo de pressão.
Fundo musical: "Let me go", she said, "let me go", she said, let me go and i will want you more.
[Let me go - Cake]

sábado, 23 de janeiro de 2010

Brasilidade, brasileirice

Todo mundo deveria ao menos uma vez na vida ter a chance de sair do próprio país pra enxergá-lo de fora. Ver o mundo - ou apenas ver um outro além do próprio - quebra paradigmas, abre a mente e, de brinde, se ganha um amor sem precedentes pelo lugar de origem. Não só pela cidade natal, mas por um país inteiro!
Lá em terras estrangeiras se planta um sentimento bonito no peito de amor à pátria, a despeito de qualquer mazela social, política ou econômica. Lembro de ter ganho essa sementinha aos 15 anos, da 1a vez que vi o Brasil de fora, e hoje, quando eu sambo ou cantarolo uma bossa nova, esse amor é ainda mais forte.
Não chega a ser ufanismo porque me soa exagerada essa palavra e porque acho mais bonito dizer que é simplesmente um amor. Amor pelo mundo que um dia eu poderia até trocar por outro, mas que não sairia nunca do meu coração.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um ponto

Às vezes eu preciso de alguém que puxe meus pés de volta pra terra e não há ninguém mais apropriado pra puxá-los que o mesmo alguém que te fez sonhar.

Keep on making the same mistake, keep on aching the same heartbreak.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Crucial

Como mandar o vazio embora quando tudo que se tem é espaço? :(

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

I want my réveillon back!

I wish in 2010 i could put all the people that i really care together in the world and then just stay together, but I guess that it wouldn't work. Someone would leave. Someone always leaves. Then we would have to say good-bye. I hate good-byes. I know what I need. I need more hellos - and ordinary kisses in the subway.