quinta-feira, 10 de abril de 2008

É uma dor que não esconde o seu papel

Jaz em minha frente uma (in)correspondência. Traz o teu nome. No mínimo esdrúxulo ver o teu nome completo com o meu endereço logo abaixo. Então a seguradora descobriu que ainda moras aqui. Devem me cobrar mais caro por tão privilegiada informação.
Não, não, você "se mudou".
Mudou e "se mudou" - embora eu não entenda porque às vezes quer me convencer que não, com tentativas fraquinhas e confusamente mal-elaboradas, como quem deixa escapar segredos-matéria-prima de esperança de tudo se ajeitar.
Eu sei, sinceramente, que não fazes por mal.
É a memória impressa na alma.
Lembra daquela t-shirt da feira hype, a da bonequinha típica de banheiro chutando o balde? Pois é, nunca me caiu tão bem.
E a minha mania de pensar e, logo em seguida repensar de outra forma, agravou.
Igualzinho como na música: "Babe, te amo, nem sei se te amo."


- onomatopéia ao fundo: reck, reck -
- imagem ao fundo: pequena chuva de papel picado -

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