sexta-feira, 21 de março de 2008

Blue, but not the girl

Fiz as pazes com o planeta azul!

Inevitável lembrar da última vez que estive nele, quando era seguida por olhos cheios de amor, e aquela tinha sido a mais bonita das declarações antes deles tomarem de vez o lugar das palavras. Porque eles falavam mais e além.

Hoje não lembro mais com tristeza, só a beleza do momento me interessa.

Aprendi que é o que importa guardar. E eu tenho feito uma coleção admirável.

Outros personagens, pessoas com as quais não tive muito tempo de convivência, contato físico quase nulo, mas que me provaram que sutilezas tocam a nossa alma muito mais fundo que qualquer beijo tórrido – okay, eu adoro beijos tórridos, mas Lost in Translation tá aí pra mostrar que envolvimento e beleza são muito mais que essa coisa carnal.

Também aprendi a me divertir em minha companhia. No início foi realmente difícil, tão acostumada a vida inteira a sorrir ao som de outro sorriso, mas descobri que eu sou mesmo ótima, rsrs. E a partir de então, uso tudo pra agradar a mim mesma: os melhores perfumes, os creminhos e todos aqueles cosméticos, roupas e acessórios que, antes esperavam num canto por pessoas e datas especiais.

Descobri que a pessoa sou eu e que a data é hoje.

Não me tornei egoísta (tenho horror a essa palavra), só melhorei porque odeio gente que só sabe reclamar e não conseguiria viver por aí desse jeito, me lamuriando ou esperando que alguém me resgatasse. Então ganhei o mundo e, consequentemente, o mundo me ganhou.

É ótimo ouvir: “Tá chovendo aqui, ou seja, tempo de Dri em Paris.”

Da próxima vez, vou na primavera. Sozinha ou não. :)

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