segunda-feira, 12 de maio de 2008

A emocionante história de um não-encontro

Eram dois que nunca se souberam. Seguiam, por vezes indiferentes, por outras apáticos, com suas respectivas ignorâncias (redundantemente desconhecidas) cotidianas.
Nunca se encontravam porque a estrada era comprida e larga, recheada de muitos outros transeuntes - às vezes, invisíveis -, com suas faces cheias de inexpressão.
E assim seguiu a história do não-encontro, do nunca ser-via.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ora ora se não é a ponte do Mosqueiro.
Faltou a onomatopéia ao fundo: "Tum tum, tum tum" das rodas passando nas juntas de dilatação.
Dá pra ouvir aí, cabeção? :)

Dri disse...

Ah, é, big head, faltou.
É que pra quem nunca passou na ponte fica difícil entender essa onomatopéia, podiam pensar tratar-se da batida de um coração. Ou dois.