quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Dia cinza

Foi até estranho voltar direto pra casa depois do trabalho depois de tanto emendar por tantos dias e tantos lugares. Chegar às 7 ouvindo a tv da sala ligada, pensar em algo pra beliscar e olhar a chuva da janela me lembrou um vazio que eu sentia pós-término-de-namoro-que-parecia-interminável*ambiguidade proposital*. Mas foi só uma lembrança, a dor daqueles dias era infinitamente maior e eu mal conseguia compreender como o mundo era cruel a ponto de seguir seu ritmo normal enquanto eu não conseguia juntar os meus pedaços perdidos na grande explosão do meu abrigo.
Quando penso que estou completamente adaptada à atual realidade, vem o vazio de noites assim. E incomodaçõezinhas medíocres do tipo: planos curtos pro fim-de-semana que eu não consigo definir, responsabilidades confusas que eu assumo e tudo o mais que independe exclusivamente de mim.
Hoje eu concordo com qualquer um que diga que eu sou complicada. Não, pensando bem eu não sou, eu só estou, é diferente. Amanhã sei que acordo e resolvo tudo. O problema é que hoje tô apática.
Quanto a ser, posso dizer que eu sou totalmente Vicky (Rebecca Hall), de Vicky Cristina Barcelona - vida longa ao Woody! Amanhã tentarei assistir Blindness e ter um dia menos preto e branco.

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