Isso deve explicar toda a revolução no seu reino.
Desacreditada na existência de reis em seu reino, àquela altura, já desencantado, eis que se encanta novamente. Encanta-se por aquele sorriso tímido, um olhar meio verde, meio azul, o qual suspeitava trazer marcas parecidas com as suas; mãos vigorosas nos braços másculos de alguém que ainda procura pela lua no céu e se sente à vontade pra com ela dançar em qualquer espaço - e eles dançavam e dançavam porque a alegria daquele encontro precisava transbordar.
Veio o inevitável distanciamento, mas sabem que o fato de terem despertado pro que há de melhor um no outro faz com que se doem e se entreguem a essa felicidade de dois perdidamente sortudos por se pertencerem agora. Mesmo que algum dia, passada a euforia, os dois reinos resolvam seguir em seus longínquos limites, levarão a leveza e a doçura que experimentaram em forma de abraço, do calor que vem de fora. E de dentro. E dos olhos.
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