(Sim, nós falamos em inglês :P)
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
O portunhol do lado de lá!
(Sim, nós falamos em inglês :P)
E viva o desapego!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Now he's gone away...- breaking paradigms
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Quino is king!
Con el paso de los siglos el ser humano ha incorporado nuevo valores que se ajustan a los tiempos que corren. A continuación Quino explica cuáles son los valores que dominan al hombre moderno:
¡¡¡ES UN GENIO!!!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Falando nisso
--x--
A possíveis leitores
Este livro é como um livro qualquer. Mas eu ficaria contente se fosse lido apenas por pessoas com alma já formadas. (..)
--x--
Como é que se explica que o meu maior medo seja exatamente em relação: a ser? e no entanto não há outro caminho. Como se explica que o meu maior medo seja o de ir vivendo o que for sendo? como é que se explica que eu não tolere ver, só porque a vida não é o que eu pensava e sim outra - como se antes eu tivesse sabido o que era! Por que é que ver é uma tal desorganização?
E uma desilusão. (...) Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema. No entanto se deveria dizer assim: ele está muito feliz porque finalmente foi desiludido. (...)
No entanto na infância as descobertas terão sido como num laboratório onde se acha o que se achar? Foi como adulto então que eu tive medo e criei a terceira perna? Mas como adulto terei a coragem infantil de me perder? perder-se significa ir achando e nem saber o que fazer do que se for achando. As duas pernas que andam, sem mais a terceira que prende. E eu quero ser presa. Não sei o que fazer da aterradora liberdade que pode me destruir. Mas enquanto eu estava presa, estava contente? ou havia, e havia, aquela coisa sonsa e inquieta em minha feliz rotina de prisioneira? ou havia, e havia, aquela coisa latejando, a que eu estava tão habituada que pensava que latejar era ser uma pessoa. É? também, também.
-x-
Dar a mão a alguém sempre foi o que esperei da alegria. (...) Essa coisa sobrenatural que é viver. O viver que eu havia domesticado para torná-lo familiar. Essa coisa corajosa que será entregar-me, e que é como dar a mão à mão mal-assombrada do Deus, e entrar por essa coisa sem forma que é um paraíso. (...) Por enquanto preciso segurar esta tua mão - mesmo que não consiga inventar teu rosto e teus olhos e tua boca. Mas embora decepada, esta mão não me assusta. A invenção dela vem de tal idéia de amor como se a mão estivesse realmente ligada a um corpo que, se não vejo, é por incapacidade de amar mais. Não estou à altura de imaginar uma pessoa inteira porque não sou uma pessoa inteira. E como imaginar um rosto se não sei de que expressão de rosto preciso? Logo que puder dispensar tua mão quente, irei sozinha e com horror. O horror será a minha responsabilidade até que se complete a metamorfose e que o horror se transforme em claridade. Não a claridade que nasce de um desejo de beleza e moralismo, como antes mesmo sem saber eu me propunha; mas a claridade naturaldo que existe, e é essa claridade natural o que me aterroriza. Embora eu saiba que o horror - o horror sou eu diante das coisas.
Por enquanto estou inventando a tua presença, como um dia também não saberei me arriscar a morrer sozinha, morrer é do maior risco, não saberei passar para a morte e pôr o primeiro pé na primeira ausência de mim - também nessa hora última e tão primeira inventarei a tua presença desconhecida e contigo começarei a morrer até poder aprender sozinha a não existir, e então eu te libertarei. Por enquanto eu te prendo, e tua vida desconhecida e quente está sendo a minha única íntima organização, eu que sem a tua mão me sentiria agora solta no tamanho enorme que descobri. (...)
A verdade não faz sentido, a grandeza do mundo me encolhe.
[A paixão segundo G.H. - Clarice Lispector]
terça-feira, 24 de novembro de 2009
E tu chegavas em casa, com asa
sábado, 14 de novembro de 2009
A gente não sabe o lugar certo de colocar o desejo
Todo corpo em movimento
Está cheio de inferno e céu
Todo santo, todo canto
Todo pranto, todo manto
Está cheio de inferno e céu
O que fazer com o que Deus nos deu?
O que foi que nos aconteceu?
[Caetano Veloso - Pecado Original]
sábado, 7 de novembro de 2009
Everybody hates "forgeticídio"!
sábado, 24 de outubro de 2009
O amor é essa coisa livre dentro de você
Fundo musical: But love, love will tear us apart, again.
[Just that something so good just can't function no more]
Joy Division
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Flattered
DRI = PASSION
cuando busco en el diccionario la palabra passion, aparece tu rostro...jajaja
I miss that passion, indeed
Fundo musical:
"Eu queria tanto encontrar uma pessoa como eu
a quem eu possa confessar alguma coisa sobre mim."
[Eu - Pato Fu]
terça-feira, 13 de outubro de 2009
AmeNizar
- What move you, Erica?
- Love.
E me dói como se tivesse sido minha última chance, mas sei que não foi.
Mesmo assim dá vontade de chutar a razão pra longe e cair na tentação de mais um encontro com aquele pequeno ser humano lindo - sim, nós bem que merecíamos um adeus cinematográfico - é o que me susurra o meu complexo de Meg Ryan e assim eu quase convenço minha razão de não ser tão rigorosa e me auto-corrompo, afinal, it sucks to be rational! Dessa vez Cuba é que seria o cenário, nós os protagonistas e um amor impossível ao fundo. Minha melancolia de estimação iria adorar.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Clarice traduz
sábado, 3 de outubro de 2009
Os Mundos
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Some Selma's pearls
U'd love 2
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
O Mundo
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Blurred
'Cause I can tell... you know what it's like.
A long farewell of the hunger strike.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Tables they turn sometimes, or someday
Ela nao sabe o que fazer, nem o que pensar, nem pra onde ir, nao tem pra quem voltar. Impressionante como uma mesma historia pode ser tao diferentemente interpretada por pessoas que pareciam estar conseguindo seguir no mesmo caminho.
Tudo que ela queria era se livrar desse mar de incertezas e sumir. Mas estah fraca demais, fragil demais. It's a sunny day, but the sun inside her cries.
domingo, 13 de setembro de 2009
So obvious
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
O conselho perfeito
Tem sido assim
Ser guiada e descobrir caminhos por instinto.
Aulas, leituras e assignments. Discussões interessantes.
Muitos "nice to meet you" pra muitos "this is my girlfriend" - o que eu mais gosto nessa parte é o sorriso largo com que ele diz e todo mundo nota. Sim, ele está feliz e sem barba!
A pouca ajuda que eu dou pra tentar deixá-lo menos sobrecarregado é super-valorizada.
Em meio a tudo isso, a coisa mais legal que ouvi foi da sobrinha liiiinda de 5 aninhos, a famosa Selma, perguntando se podia ser minha sobrinha também, oooun! Me derreti toda e beijei muito aquelas bochechas gostosas!
E ela prometeu me ensinar alemão e árabe - dança e idioma - eu disse que se me ajudar a melhorar o meu inglês já vai ser uma grande coisa, rs.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Boston
Ah, e com a vantagem de que NY é logo ali! :)
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Orgulho!
Mais de 650 acordos previdenciários são formalizados em Mutirão de Conciliação no Pará
Estado x Religião
Sadismo
You don't know me at all
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Better you never get to know me
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Mensagem de amor
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Confieso que he vivido
domingo, 9 de agosto de 2009
Sábadolitário
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Culpa
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Eu não creio!
sexta-feira, 17 de julho de 2009
sábado, 4 de julho de 2009
Pensamentes
"um amor só deveria acabar quando terminasse"
"tô com o coração mais espremido que calcinha em bunda de mulher gorda"
"pq o poder da relação geralmente tá nas mãos de quem se importa menos, mas poder não é felicidade"
"pra quem quer ser querido, ser comido não basta"
"nunca disse que seria fácil, disse que seríamos felizes"
"sempre houve mais de você em mim que em você mesma"
"ela o admira por sempre olhar pra frente; ele a odeia por sempre olhar pra trás"
"é preciso dormir em si pra acordar no outro"
No fim da contas, e de alguns contos de amor, as concessões são parte inexorável do ato de amar.
domingo, 21 de junho de 2009
Sunday, lonely sunday
Essa alma ainda tá no prazo de garantia pra troca? Arranja uma outra aí que não seja tão louca por atenção, pliz?
segunda-feira, 15 de junho de 2009
A sorte da estrela
domingo, 14 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Qui nem jiló
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
terça-feira, 9 de junho de 2009
Closures
- in wich way? do you think you would like to continue these stories?
- not sure, i feel i have a lot to say, and there is a lot i need them to explain to me, but, yes, i also feel that they have a part of me that i want back. and i also feel that i miss those special things that they provided and want to have them. i want to feel what i used to feel with them. it is pretty complicated.
- When you say: "i also feel that they have a part of me that i want back" it means that you want to live everything again?
- not live it again, it is just that i am a very privage person, and it takes a lot for me to open up to people, so when i do and then they leave me, i feel like a part of me is with them
- it's beautiful
- and that hurts
- yes, I know
- i'm glad you think so
- i thought i was scaring you away from me!
- can be!;)
- but I know what you mean. I wish I don't. (...)
- oh, have as many closures as you want honey, just don't close on me.
sábado, 6 de junho de 2009
Luluzices
[Vira a cabeça pra direção indicada]
- Hum hum
- Aqui ó, esse que tá vindo pra cá, tá vendo?
[era impossível que não visse, pois o 'homi' era mesmo gigante, acontece que a cabeça dela não se mexia pra direção de onde ele estava vindo]
- Hum hum, tô só disfarçando.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
domingo, 31 de maio de 2009
Cajón
Enfrentou um jeito diferente de se sentir perdida porque se sentia responsável demais pelo que despertou em corações tão especialmente fascinantes que não puderam escolher quando deveriam surgir em sua história. Como de costume, porque desconfiava quando a vida lhe fazia cair no colo algo mais fácil, escolheu o caminho menos tranquilo.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Mão no freio e pé na tábua
Desperdício é inutilizar o coração.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Desesperança
- Ah, disse ela com simplicidade, é assim: vamos dizer que uma pessoa estivesse gritando e então a outra pessoa punha um travesseiro na boca da outra para não se ouvir o grito. Pois quando eu tomo calmante, eu não ouço meu grito, sei que estou gritando mas não ouço, é assim, disse ela ajeitando a saia.
Embaraçado com a confidência dolorosa que ela fizera sem nenhuma dor, ele riu. Ermelinda notou de repente seu olhar, interrompeu-se, tomou consciência de si mesma - "sou alguém que faz outra pessoa me ver" - e fez um rosto falsamente animado, representando o papel que na certa ele esperava dela. Mas inesperadamente, como se dessa vez ela tivesse ouvido o próprio grito, disse-lhe intensa, dura, sem nenhuma esperança:
- Eu te amo.
- Sim, disse ele depois de uma pausa.
Ambos ficaram um instante calados, esperando que morresse a ressonância do que ela dissera.
(Trecho de "A maçã no escuro", de Clarice)
Echo de menos
Eu sinto tanta saudade dos que deixaram suas marcas misturadas às minhas nessas cidades.
domingo, 24 de maio de 2009
Jordan is just around the corner!
So good to know. So good to have it.
sábado, 23 de maio de 2009
Adrilescência
- tinha o horário de aulas do namorado guardado na gaveta, sobre as quais eu não fazia a menor idéia, e ficava rezando pra algum professor faltar pra que ele pudesse aparecer de surpresa na minha casa;
- via ele ter que sair com pressa, literalmente correndo na São Silvestre (era o nome da rua que ele cortava, juro!) pra apanhar o "Cristo" (o apelido do último ônibus da noite, que passava levando todo mundo, rs);
- comemorei com esse namorado, querido até hoje, a carteira de motorista (dele, obviamente) e o seu primeiro carro, um Voyage azul-marinho da década de 80 velhinho, mas que ele sempre fazia questão de abrir a porta pra eu entrar;
- aprendi a fazer bolo de chocolate e bolinhas de queijo e não vivia querendo emagrecer 2 kgs;
- achava que conseguiria aprender a tocar violão, mas já tinha certeza que de cerveja eu não ia mesmo gostar nunca;
- não sabia se seria médica ou advogada, apesar da professora de literatura ter me alertado para que pensasse sobre Letras;
- não me preocupava com pagamento da fatura do cartão de crédito no fim do mês, mas só em programar minha viagem de intercâmbio;
- usava o BBS (Bulletin Board System), onde todos os usuários se conheciam por nome e sobrenome - sim, eu vivi intensamente a era pré-internet, e foi divertidíssima;
- via os meus amigos quase todos os dias do ano - no colégio, claro - e sexo era um assunto tão misterioso quanto um romance de Machado de Assis.
Ah, e meus pais rezavam pra que eu "aguentasse esperar" ter pelo menos 19 anos pra casar, rá! Quanto mais eu vivo, mais a vida me mostra o quanto pode ser inusitada.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
My world, my words
If one of the most cool virtues to me is to be thoughtful, what make me rrrreally happy, I order the existence of this word - at least in my world.
:)
domingo, 17 de maio de 2009
Contagioso?
Medo.
sábado, 16 de maio de 2009
'Cause you gotta have faith
Ela já tava quase cansando de explorar aquele encanto de cidade sozinha quando o destino entregou ele de presente: uma verdadeira enciclopédia de dicas e informações histórico-políticas, embrulhadas num senso de humor que fazia com que ela adorasse a companhia dele. Ele a entretinha tanto que ela nem se dava conta do quão era bom tê-lo por perto. Ele atribui isso à inexperiência dela, depois de ambos narrarem todas as desventuras amorosas em noites em claro que passavam desvendando a alma um do outro. Noites em que o riso estava sempre presente e a emoção também. Entre todas as coisas em que se descobriam parecidos, ambos afirmaram não acreditar em relacionamentos à distância, rá! A vida não perdoa!
Ela tava numa fase confusa, anti-romântica, na qual se recusava a falar de futuro, porque achava mesmo que nunca mais se viriam, que as impossibilidades berravam mais que qualquer chancezinha mínima e os jogava de volta nas suas respectivas realidades. Chamou de exagero algumas confidências; a incredulidade era uma forma de se proteger.
Olhar pra ele e sentir uma dor física, uma fisgada no coração que a fez largar um "ai", que justificou com uma piadinha boba qualquer, horas antes da partida e ver sua imagem ficando cada vez mais distante foi que a fez perceber o tamanho do espaço que aquele invasor se apossou em três ou quatro intensos dias, que já viraram mais onze e que ninguém tem a menor idéia de onde vai dar. Ele diz: "when there's a will, there's a way", e ela agora acredita.
sábado, 9 de maio de 2009
Ask me, ask me, ask me*
- Alguma vez frequentou uma escola pública (primária ou secundária) nos Estados Unidos com um visto de estudante (F) depois de 30 de novembro de 1996, sem ter reembolsado a escola?
Uma resposta AFIRMATIVA não significa automaticamente ineligibilidade para um visto, mas se respondeu SIM para quaisquer das perguntas acima, poderá ser chamado a comparecer pessoalmente perante um oficial consular.
RRRReally? :P
* Because if it's not Love
Then it's the bomb, the bomb, the bomb
The bomb, the bomb, the bomb, the bomb
That will bring us together!
[The Smiths - Ask]
Dia das Mães
Eu comprei desde que voltei da Argentina (duty free), guardei pra dar agora. Aí como tava muito longe acabei comprando outro
Dri diz:
pq eu já tinha esquecido da dívida velha
Dri diz:
aí ela vai ganhar de mim uma blusa de onça (ela curte essas paradas peruéticas) e um perfume maravilhoso da Nina Ricci, um q é em forma de maçã, dificílimo de achar
Dri diz:
(ela tem obsessão por perfumes, enquanto eu nem tchum, enjôo rápido deles)
Dri diz:
(sou adotada?)
Lu diz:
acho ótimo que elas sejam vaidosas! adotada nao sei, acho que te inventaram
Dri diz:
hahahaha...é, idéia da mesma pessoa que inventou meu círculo de amizades
Lu diz:
tudo doido.
Hormônios influenciam os sonhos?
Freud explica? : /
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Is love always possible?
We are a fate's challenge!
he says 'I love you, while you are this way'.
So he left, but he's still here.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Things to remember
- Before Sunset, the movie.
"Things are going to happen whether you worry or not. If we are meant for each other then nothing will change how we feel about it; if we are not meant to be with each other than nothing will protect against us going our different ways. Then let's leave it at that and stop worrying about where things are going."
- Sinbad, my pet shrimp thinking.
[And he learned it all from me, but I was almost forgetting! :P]
quinta-feira, 23 de abril de 2009
So fuckin' special
Então tá. O amanhã vem tilintante com borboletas embrulhadas pra presente e brincadeiras esvoaçantes de ser feliz! :)
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Post emprestado
"Amor e ponto.
Houve um tempo em que as certezas fugiam dele – elas conseguiam, ao contrário de mim. Foi um tempo nebuloso em que às vezes chovia, às vezes fazia sol. Mas, independente do clima, a gente se encontrava. Atravessávamos noites e noites lado a lado, acordando mais juntos ou não. Eu me lembro de muitas em que ele adormecia antes de mim. Abraçada ao seu corpo, eu dizia para o silêncio: "Amor". Era solitário. Ficávamos eu e o que não cabia em mim, procurando um lugar que pudesse nos abrigar. Dias e noites se repetiram e o amor se manifestava, seguidas vezes, do coração para a boca, sem enfrentar grandes distâncias. Era um segredo meu comigo. Até um dia em que fechei os olhos antes dele. "Amor." – ouvi num susto. Finalmente ele havia parado de lutar. Não mais se debatia. Num sorriso, se entregava ao que era feliz. Eu chorava. Era alegria demais. Algum tempo depois, já era corriqueiro. Mais algum tempo, você. Que antes era só um outro desejo escondido – também nele. O verbo se fez carne, como ele mesmo disse um dia. (Ainda bem que deu tempo.) A palavra amor seguida de um ponto final é para poucas pessoas e poucos momentos. Para poucos porque é muito. "
terça-feira, 21 de abril de 2009
O amor que a vida traz
"Você gostaria de ter um amor que fosse estável, divertido e fácil. O objeto desse amor nem precisaria ser muito bonito, nem rico. Uma pessoa bacana, que te adorasse e fosse parceira já estaria mais do que bom. Você quer um amor assim. É pedir muito? Ora, você está sendo até modesto.
O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar. O seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos seus amigos. E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula 1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.
Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.
E agora está você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence. Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja - ah, este me serviu direitinho!
Aquele amor corretinho por você tão sonhado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado. Aquele amor que você encomendou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio."
- Martha Medeiros -
I'm on a plain, I can't complain
E então os obstáculos unem as pessoas que
querem o mesmo: viver.Porque é o que nos resta,
porque essa vida não pode ser em vão,
porque há de se trocar a apatia pela alegria,
há de se celebrar o risco - e o riso,
há de se aventurar
até que haja um sentido pra tudo,
porque tem que se obrigar a encarar a vida
e arrancar o que há de
mais dançante, mais tranquilo, mais significativo,
mesmo que por um breve tempo.
Importa é manter aquele insuspeito sorrisinho
misteriosamente feliz no canto da boca.
"I'm so happy 'cause today..."
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Despedida
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também.
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida… Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
- Martha Medeiros -
E eu nunca esqueci uma poesia que li em algum lugar que dizia mais ou menos: "não te amar dói como o último suspiro de um suicida".
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Tempo, tempo, tempo, mano velho
Tarkovski, Esculpir o tempo (adoro esse nome!), págs. 65 e 66.
Sessão de Gala, Corujão or whatever
Certas noites, Ray, sozinho, pensa em Mirabel.
Certas noites, Mirabel, sozinha, pensa em Ray.
Certas noites isso acontece ao mesmo tempo e, sem saber, eles continuam se relacionando.
Como é possível querer uma mulher à distância por não querer sofrer por tê-la?
- Tá feliz?
- Tô sim, baixa intensidade é legal.
Memórias, datas, personagens, sentimentos indefinidos, eternas insônias e distâncias, tudo embrulhado num lindo ovo de páscoa quebrado. O cansaço de uma nostalgia corrosiva força o olhar pra frente, força o caminhar no qual se evita os caminhos que se sabe não darem em lugar algum, mas que em momentos assim, ela olha e finge que não sabe e brinca de reconstituir um final feliz. Por um segundo sente de volta o cheirinho de felicidade que aquele Ferrari Black trazia consigo, ouve a voz rouca ao violão por trás da voz de Evan Dando, cantando Will you still love me tomorrow e tantas outras canções que parecia que ele próprio compunha, tão lindo era o jeito que se apossava delas, pra depois o peito lembrar que quanto maior a felicidade, maior a dor. Desaconselhável brincar com coisas tão profundamente afetáveis. E como é possível se sentir assim depois de ouvir tantas outras coisas bonitas, de quem parece ser tão intenso quanto ela? De repente, o que parece impossível consegue superar em muito o que parecia perfeitamente viável e não foi. A vida às vezes é assim.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Somebody to love
When the truth is found to be lies
And all the joy within you dies
Don't you want somebody to love?
Don't you need somebody to love?
Wouldn't you love somebody to love?
You better find somebody to love.
(Jefferson Airplane)
terça-feira, 7 de abril de 2009
sms ipsis literis
"Confieso que he vivido", Pablo Neruda. (...)
Eu chegou.
Eu sei fingir que não ligo, mas não sei não me importar.
Menina vc tá afim com aqueles que gostam de buscar o sorriso nas pessoas, a vida é boa e o Brasil maravilhoso. Pense só nas coisas boas que ainda tem que acontecer!
Não terminamos, mas ninguém sabe o que fazer e quando ninguém sabe o que fazer é o apocalipse! E amo o Rio!
No fim, tô meio bossa nova: a letra é triste, a música é feliz e a conclusão tem esperança no horizonte.
Ontem assisti "My blueberry...", achei que o personagem Elizabeth tem um pouco de vc.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Conclusão pós-filme
A film every girl should see
** Vale a pena ficar até fim dos créditos pra ouvir "Friday I'm in love" do The Cure.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Mouses
Minnie ama a liberdade e acha lindo ele ser tão livre quanto ela. E canta, com voz de ratinha: "Let me go and I will want you more" (Cake).
sábado, 28 de março de 2009
Surpresa
sexta-feira, 27 de março de 2009
Little Joy
By far the best song to me is "Brand new start".
Gruda. It keeps echoing in your head.
"there ain't no lover like the one I've got
ain't no lover like the one I've got"
quarta-feira, 25 de março de 2009
Para Chus
Eu ainda queria estar lá agora, nesse instante.
Eu não queria não sorrir quando pensasse em ti e não queria que tu não sorrisses quando pensasses em mim. Eu sei que não tenho o direito de te pedir isso, é só um desejo, assim como existe o desejo de ganhar um outro beijo nos olhos um dia, no melhor estilo Amélie.
terça-feira, 24 de março de 2009
Re-Partir
Viajar é preciso
Amyr Klink
Livre tradução meia boca minha: :P
"A man needs to travel. By yourself, not through stories, pictures, books or TV. Must travel by your own, with your eyes and feet, to understand what is yours. To one day plant your own trees and give its value. Feel the cold to enjoy the heat. And the opposite. Feel the distance and the homeless to be fine under your own roof. A man needs to travel to places that has never been to break his arrogance that makes see the world as imagined, and not simply as it is or can be. What make us teachers and doctors of things we haven't seen, when we should be students, and simply go see."
segunda-feira, 23 de março de 2009
domingo, 22 de março de 2009
Senhoras
- A senhora é daqui mesmo de Brasília?
- Eu sou do mundo, minha filha! Vem comigo, vou te ajudar a chegar onde vc quer!
[E eu sei onde quero chegar? :P]
Senhora 2
- Estás voltando pra Belém?
- Sim, tô.
- A gente foi sentar logo perto da asa, né? Aqui joga muito!
[Pensei se, em vez de avião, eu havia pego um barco, rs.]
Alcohol, misunderstood and stupid barman
sábado, 21 de março de 2009
Quoting Clarice's apple
"The most dispassionate individual thing happened when a person had the freedom. In the beginning you are a stupid man who took a slap in the face and yet blissful smile because while the slap gave to this one a face that you couldn't suspect. Then, slowly, you start, furtive, take home the first innermost with freedom: you just can not fly because you don't want to, and when you sit on a stone is because instead of flying, you sat up."
"O bom de um ato é que ele nos ultrapassa."
"The good about an act is that it's overtake us."
- Clarice Lispector, em "A maçã no escuro" -
sexta-feira, 20 de março de 2009
How happy is your hope?
I believe that "everything is gonna be alright" someway, and "I gotta have faith"! Uff!
quarta-feira, 18 de março de 2009
Because I don't know what to do with myself
É como se não comportasse mais, uma espécie de incompa(r)tibilidade.
E no meio disso tudo, eu é que não sei como me comportar, me compartir.
Não, eu não me basto. Entretanto não sei como voltar a acreditar.
Não sei dar respostas que eu não tenho. Não quero inventar.
Eu quero a chama, mas não quero me queimar.
Admito, eu estou me(lin)drosa.
mas não sei deixar de ser intensa.
sábado, 14 de março de 2009
Verso sequestrador
Composição: Francis Hime/ Vinicius de Moraes/ Adriana Calcanhotto
Composição: Dolores Duran / Tom Jobim
O espírito é exatamente esse: se deixar iluminar com o novo dia, brincar com o vento e, principalmente, sobretudo, acima de tudo, ser leve. Daí nasce a beleza. É isso que eu sempre busco. Sim, eu sei muito bem o que eu quero, mas encontrar possibilidades é outra história. Entretanto nem posso reclamar: minhas férias foram repletas de coisas lindas, nas mais variadas formas. Eu, apaixonada por cada lugar que visitei e pelas pessoas incríveis que encontrei ou reencontrei. Tudo muito especial. Sim, acho que o mundo cabe em mim. Já tenho saudades de tudo e de todos.